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Vendas de micro e pequenas
da região caem 2% em julho
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
09/09/2011 | 07:23
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As micro e pequenas empresas do Grande ABC venderam menos no mês de julho. A média do faturamento dessas companhias registrou recuo de 2% frente ao mesmo mês do ano passado, o que equivale a R$ 55 milhões a menos. Na comparação com junho, as perdas foram de R$ 28,3 milhões, retração de 3,8%. Isso é o que aponta o levantamento mensal do Sebrae-SP Indicadores de Conjuntura, que mensura as receitas das MPEs em todo o Estado de São Paulo.

Embora o estudo não disponha de dados setoriais para a região, o desempenho da indústria paulista exerceu clara influência no resultado do Grande ABC. O segmento, em julho, vendeu 3,1% a menos do que no mesmo período em 2010. Em relação a junho, o recuo foi de 2,5%. Devido à forte presença industrial na região, é possível correlacionar os fatos.

Conforme explica o consultor do Sebrae-SP Pedro João Gonçalves, a indústria em todo o País vem sofrendo processo de desaceleração. "O cenário de restrição de oferta de crédito, elevação da taxa de juros, aumento dos compulsórios e encarecimento do spread bancário (diferença entre a taxa de captação dos recursos e da repassada ao cliente) contrubui à diminuição da atividade do setor", explica. "O fator mais importante no desempenho do faturamento das MPEs é a preservação do poder de compra da população, que está bastante relacionado à inflação (pois quanto maior ela estiver, mais caros ficam os produtos e menos as pessoas compram)", complementa.

Outro ponto crítico que atrapalha as vendas das pequenas indústrias é o câmbio. Aquelas que fabricam itens que possuem concorrentes do Exterior, devido à valorização do real perdem mercado porque esses produtos entram no País com preços muito mais competitivos. É o caso, na região, das autopeças, que desde o início do ano vêm sofrendo com a entrada de componentes de fora, principalmente os chineses.

Gonçalves lembra também a situação das MPEs que exportam para países da Europa Ocidental e dos Estados Unidos. "Por conta da lenta recuperação da crise, espera-se que essas economias gerem demanda menor. Por isso é importante buscar alternativas de mercado."

De janeiro a julho, as perdas de receita das MPEs da região chegam a R$ 132,3 milhões, retração de 1,4% frente ao acumulado de 2010. A indústria registrou igual recuo, de 1,4%.

Existe expectativa de recuperação no terceiro trimestre, quando essas empresas começam a se preparar para atender a demanda de fim de ano do comércio. Porém, se o governo não sobretaxar a entrada de importados para coibir a concorrência desleal, é possível que boa parte desse comércio seja abastecida com produtos de fora.

O setor de serviços, por outro lado, segue em franco crescimento e, no ano, já acumula expansão de 10,5%. "O segmento é impulsionado pela venda de serviços de baixo valor unitário, como cabeleireiro, lavanderia e alimentação, e não sofre concorrência com itens importados", pontua Gonçalves.

 

Sebrae Móvel estará hoje em Ribeirão Pires

A cidade de Ribeirão Pires recebe hoje a visita do Sebrae Móvel na Vila do Doce, das 9h às 16h. O objetivo é oferecer atendimento aos empreendedores que não conseguem se ausentar do seu negócio ou não têm como se dirigir até a unidade regional do Sebrae no Grande ABC, que fica em Santo André.

Além de contar com a presença de profissionais do Sebrae, a Prefeitura de Ribeirão Pires também montou estrutura para receber os empreendedores e agilizar a formalização ou abertura de um negócio.

Depois de serem atendidos na unidade móvel do Sebrae, os interessados são encaminhados aos estandes da Prefeitura, onde podem tirar dúvidas sobre o local e o tipo de negócio que poderão abrir, de acordo com a legislação para ocupação de solo, conversando com a equipe da Secretaria de Planejamento Urbano, Habitação, Meio Ambiente e Saneamento Básico.

Profissionais da Secretaria de Finanças fazem a inscrição dos empreendedores que ainda não estão no Cadastro de Contribuinte Mobiliário. A Associação Comercial, Industrial e Agrícola da cidade também está presente no local para esclarecer dúvidas e cadastrar novos associados.

SERVIÇO - O Sebrae Móvel está há cerca de dois anos em atividade e já passou por todas as cidades do Grande ABC.

O escritório itinerante, no qual foram investidos R$ 260 mil, é montado em uma van customizada que, além dos analistas, leva computadores com acesso à internet, TV para apresentações e informativos impressos.

Todas as dúvidas dos empresários locais são debatidas durante o dia, podendo ser agendadas palestras específicas em datas posteriores,conforme a demanda.




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