Economia Titulo Greve
Sindicato e tribunal começam a se entender
Por Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
04/06/2010 | 07:14
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A reunião entre Assetj (Associação dos Servidores do Tribunal de Justiça de São Paulo) e o TJ (Tribunal de Justiça) deu indícios de que a greve do setor pode estar próxima do fim. A paralisação - que no Grande ABC reúne cerca de 20% dos profissionais - já dura um mês e começa a dar sinais de complicação no andamento de ações na região, que não confirma o número de processos paralisados.

Segundo nota da Assetj, o encontro foi tenso e demorou mais de três horas. Já passava das 22h de anteontem quando os deputados e representantes dos servidores saíram da reunião para informar o desfecho aos mais de 4.000 trabalhadores que acompanhavam a manifestação em frente ao Tribunal da Justiça.

O presidente do TJ, Antonio Carlos Viana Santos, não participou do encontro com as entidades e os deputados Olímpio Gomes (PDT), Maria Lúcia Prandi (PT) e Fernando Capez (PSDB), mas foi representado pelo desembargador Antonio Carlos Malheiros, que preside a comissão salarial.

De acordo com comunicado da Assetj, os grevistas conseguiram avanços, entre eles, a suspensão de punição aos servidores que aderiram ao movimento. As faltas dos funcionários que estão parados serão revistas pelo desembargador Viana Santos e o encaminhamento do pedido de suspensão da resolução será julgado em sessão que ocorre na quarta-feira. A defesa em favor dos servidores do Judiciário será feita pelo desembargador Antonio Carlos Malheiros.

Ainda no encontro ficou estabelecido nova reunião segunda-feira, às 15 horas, entre a comissão de negociação, os parlamentares e os representantes do tribunal.

Os servidores pedem reposição total das perdas salariais em 20,16% pelo suposto descumprimento das datas-base de 2009 e 2010. O índice contempla também residual de 2008.

LENTIDÃO
Na região, o Fórum de São Bernardo é o que enfrenta mais problemas, com 40% dos servidores parados e as varas cíveis operando com defasagem de funcionários. Diadema também tem dificuldades na distribuição dos processos. Mauá, São Caetano, Santo André e Ribeirão Pires registram lentidão, mas seguem atendendo normalmente.




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