Setecidades Titulo Santo André
Justiça marca audiência de homem baleado na cabeça

Pedreiro Rogério do Amaral Góis está preso no CDP da cidade desde junho

Rafael Ribeiro
do Diário do Grande ABC
04/09/2012 | 07:00
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O TJ (Tribunal de Justiça) agendou para o dia 17, no Fórum de Santo André, audiência do caso do pedreiro Rogério do Amaral Góis, 39 anos. Ele está preso desde junho no CDP (Centro de Detenção Provisória) da cidade, acusado de tentativa de homicídio contra policiais militares no Jardim Santo André.

No domingo, o Diário publicou reportagem que contou o drama vivido por Góis. O pedreiro era vítima de assalto e foi baleado na nuca por Daniel dos Santos Vieira, 32, quando tentava chamar a atenção de viatura. Assustados com o disparo, os policiais alvejaram o carro e acertaram Góis na cabeça. A bala permanece alojada no cérebro. Ele perdeu a memória, o movimento das pernas e mãos e a fala.

Precisando de tratamento neurológico, fisioterápico e fonoaudiológico, ele teve os pedidos de habeas corpus e liberdade provisória negados pela juíza Milena Dias por ter passagem anterior por tráfico. Livre desde 2008, Góis tinha residência fixa e emprego. A família fez abaixo-assinado com cerca de 400 assinaturas, além de cartas de recomendações de ex-empregadores e comprovantes de salários.

"Esperamos que agora prevaleça o bom senso e que a Justiça seja feita", disse a irmã, a dona de casa Risa do Amaral, 49. "Ela vai ter que ver a situação com os próprios olhos para saber que ele não tem condição nenhuma, mesmo se quisesse, de cometer crime caso seja posto em liberdade para se tratar."

A opinião é a mesma do advogado Jeferson Antônio Galvão. "Se ele é inocente ou não é outra conversa. Por enquanto, nossa prioridade é que ele consiga liberdade para se tratar o mais rápido possível. Por isso, eles precisam ver o estado em que ele está", disse.

Góis recebe ajuda de detentos evangélicos no CDP. Para conseguir a liberdade, pode ganhar auxílio do próprio Vieira que, chocado com a história, ofereceu-se à família como testemunha para tentar inocentá-lo das acusações sofridas.




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