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Palestinos acreditam na proclamaçao da independência
Por Do Diário do Grande ABC
03/05/1999 | 10:14
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A maioria dos palestinos da Cisjordânia e da faixa de Gaza acreditam na proclamaçao de seu Estado independente, apesar do adiamento depois para depois das eleiçoes gerais de Israel.

O Conselho Central da OLP decidiu na quinta-feira adiar até junho, qualquer decisao sobre a proclamaçao do Estado palestino, inicialmente prevista para 4 de maio, fim do período de cinco anos estabelecido pelos acordos israelenses-palestinos de Oslo.

``O adiamento nao constitui um problema, a partir do momento em que há a intençao de se proclamar um Estado', afirma Nabil Al Husari, um empresário de Ramallah, na Cisjordânia. Para ele, ``é preciso proclamar o Estado palestino sem levar em conta as reaçoes israelenses'.

Para Anuar Hanun, de 32 anos, do povoado de Mazraa Gharbiya, perto de Ramallah, o adiamento ``por um período determinado nao afetará o povo palestino'. Hanun espera que a proclamaçao do Estado palestino ``aconteça logo depois das eleiçoes israelenses', cujo primeiro turno está marcado para 17 de maio.

Os dirigentes palestinos decidiram adiar a proclamaçao por causa de uma série de encontros mantidos pelo presidente Yasser Arafat em 56 países de todo o mundo, nos últimos meses. A decisao já era esperada, por causa das pressoes exercidas, especialmente pelos Estados Unidos e Uniao Européia, sobre dirigentes palestinos. ``Tínhamos que proclamar o Estado, mas as pressoes eram muito fortes', disse Kamel Ajluni, de 60 anos, um palestino de Ramallah radicado nos Estados Unidos.

Para Nabil Mosbah, de 45 anos, funcionário da Agência das Naçoes Unidas para a Ajuda aos Refugiados Palestinos, ``é uma questao mais psicológica que de soberania'. Mosbah se diz ``convencido de que a proclamaçao acontecerá nos primeiros dias do ano 2000'.

Por outro lado, Kanana Chaaban nao esconde sua decepçao frente ao adiamento da proclamaçao da independência para 4 de maio. ``Acreditávamos que esta data iria ser o início da concretizaçao de nossos sonhos, mas depois do adiamento, estamos decepcionados', disse a palestina, de 30 anos, entrevistada em Gaza.




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