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Câmara de Sto.André adia pauta do Paço em dia de ‘despedida’

Proposta de aval a empréstimo de R$ 25 milhões foi protelada diante de solicitação em plenário

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
01/09/2021 | 02:03
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Três projetos da gestão do prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), foram adiados ontem da pauta da Câmara. A proposta de aval a empréstimo no valor de até R$ 25 milhões junto à Caixa, que trata de financiar plano de modernização administrativa, bem como de desafetação de área pública de R$ 6,8 milhões e criação do fundo de defesa dos direitos da pessoa com deficiência integravam na lista. A decisão de protelar por uma sessão toda a ordem do dia se deu em plenária que marcou a despedida oficial do então líder do governo na casa, Professor Jobert Minhoca (PSDB), que deixou a função.

As matérias do Executivo entraram na pauta como itens de inclusão. No cargo de interlocutor do Paço, o ex-parlamentar José de Araújo (PSD) apostava na apreciação dos textos inseridos. No último ato como líder, Minhoca solicitou então adiamento, requerimento verbal aprovado pelo Legislativo. Na sequência, o tucano se dirigiu à tribuna para – de forma mais comedida do que vídeo divulgado no domingo – explicar a saída. “Tentei fazer o meu melhor. Consegui ajudar muito. Senti momento de pedido de Minhoca como vereador. Tudo o que for ótimo, como muita coisa do governo, terá junto meu voto. Mas tudo o que for ruim vamos para cima, não deixar passar.”

O governo tucano deve segurar a definição sobre a substituição da liderança. Nomes de possíveis ocupantes do posto foram especulados, a exemplo de Rodolfo Donetti (Cidadania). Houve, informalmente, ‘bolão’ no plenário que apontou Donetti entre os mais cotados. Não estão descartadas, contudo, outras figuras, como, inclusive, resgatar vereadores licenciados que hoje exercem cargo de secretário, como Edson Sardano (PSD, Segurança) e Marcelo Chehade (PSDB, Esportes).

“Fomos pegos de calça curta com a saída do Minhoca, que exerceu importante papel nesses oito meses. Tem nosso respeito. Agora, veremos qual será o direcionamento de quem o prefeito vai escolher como melhor estratégia. Têm muitos vereadores competentes, fiéis e leais ao governo, que teve 76% de aprovação (dos votos válidos nas urnas na eleição do ano passado). Iremos aguardar a decisão do Executivo para saber qual será o caminho”, pontuou Donetti.
 




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