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Militares tomam o poder em Comores
Do Diário do Grande ABC
30/04/1999 | 10:13
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Depois de vários dias de tensao política na ilha da Grande Comores, em particular contra a comunidade originária da ilha secessionista de Anyuán, os militares tomaram o poder em Moroni.

Segundo um comunicado militar difundido pela rádio nacional, o Exército, dirigido por seu chefe de Estado-Maior, o coronel Azali Hassunani, tomou o poder na noite de quinta-feira.

Este golpe de Estado é o 18o neste arquipélago do oceano Indico em 24 anos de independência.

``Ante o imobilismo do poder, o Exército Nacional de desenvolvimento decidiu intervir para impedir que o país afunde no caos e jna anarquia', indica o comunicado lido na rádio Comores pelo porta-voz dos militares, o capitao Rachad Abdullah.

``A partir deste momento, a Constituiçao e as instituiçoes ficam dissolvidas', segundo o comunicado.

Os golpistas pediram aos habitantes da Grande Comores que nao perturbem os habitantes de Anyuán, apelando à populaçao que permaneça em suas casas.

Segundo fontes diplomáticas, o golpe militar é dirigido pelo chefe do Estado-Maior do Exército, o corone Azala Hassunani.

A calma reinava esta sexta-feira na capital de Comores sob controle do Exército e cujas comunicaçoes com o exterior estao suspensas.

O presidente interino, ayidine Ben Said Massonde, se encontra em sua residência.

A ilha de Anyuán declarou unilateralmente sua independência em agosto de 1997, embora nenhum país a tenha reconhecido. Além disso, a França, que nesta sexta condenou o ``golpe de Estado', rejeita o pedido dos secessionistas de voltar a pertencer a seu antigo colonizador.

Várias manifestaçoes contrárias à comunidade de Anyuán foram registradas na ilha de Grande Coores desde a última segunda-feira.

As manifestaçoes foram provocadas pela recusa da delegaçao desta ilha a firmar o acordo final obtido no dia 23 passado durante as negociaçoes entre ilhas em Madagascar para pôr fim à crise secessionista.

O arquipélago das Comores esá composto pela Grande Comores, Moheli, Anyuán e Mayotte. Esta última preferiu continuar pertencendo à França quando as outras três se tornaram independentes, em 1975.




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