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Metalúrgicos protestam em todo o País
Por Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
19/09/2007 | 07:13
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Os metalúrgicos da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e da Força Sindical pararam terça-feira a produção das empresas automotivas e das siderúrgicas de todo o País. A paralisação foi feita com o objetivo de reivindicar o contrato nacional coletivo de trabalho.

Ao todo, oito estados tiveram ações que duraram de uma a duas horas nas trocas de turnos de 81 empresas. No Grande ABC, trabalhadores das montadoras Volkswagen, Scania, DaimlerChrysler e Ford participaram da mobilização da categoria.

O acordo nacional prevê a diminuição das desigualdades no setor. Para isso, a CNM/CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos) quer criar um piso nacional da classe. Segundo estudo apresentado pela entidade no início do ano, as diferenças chegam a 300% no salário base de uma região para a outra.

Outra questão defendida pelo contrato é a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem reduzir o salário (bandeira que será levada pelas centrais na 4ª Marcha a Brasília, em dezembro).

Também há o pedido de ratificação da convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que inibe a demissão sem motivo.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijóo, as diferenças são salariais, mas não há grandes discrepâncias no custo de vida.

“E essa justificativa não pode ser mais usada pelos patrões na hora de negociar salário. Mesmo assim, essa diferença ainda pesa muito na mesa de negociação”, explica Feijóo.

O dirigente sindical Valter Sanchez, secretário-geral da confederação, conta que essa foi uma paralisação de advertência diante da negativa das montadoras em negociar ou atender a pauta nacional.

“Estamos avisando antes que vire uma greve nacional de 1,8 milhão de metalúrgicos”, comenta.

Uma avaliação da ação será feita pelas confederações de trabalhadores do ramo e novas atividades devem acontecer nos próximos meses.




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