A vontade da presidente licenciada da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Diadema, Marilza Nagazawa, de participar do processo eleitoral de outubro pode fazer com que PSC e PR deixem a base de sustentação do prefeito Lauro Michels (PV). Sociais-cristãos têm espaço no primeiro escalão do governo verde e republicanos contam com o vereador Luiz Paulo Salgado, do bloco situacionista na Câmara.

Filiada ao PSC, Marilza explicitou ao Diário desejo de figurar nas urnas – por isso pediu licença do comando da subsecção da Ordem. A amigos, confidenciou que gostaria de ser vice de alguma chapa majoritária. Como Lauro tem encaminhada discussão de montagem de sua candidatura, o debate já é travado com a oposição.

Nos bastidores, o PT mostrou interesse em contar com apoio de Marilza Nagazawa. A legenda apostará na candidatura a prefeito do vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho. Embora a sigla fale abertamente que o ideal é chapa pura (com candidato a prefeito e vice do PT), o nome de Marilza é visto com bons olhos e com possibilidade de agregar setores da sociedade civil organizada de Diadema.

Se avançar o diálogo para Marilza ser vice de Maninho, PSC e PR oficialmente abandonariam a ala governista. Os dois partidos recentemente anunciaram que vão se coligar na concorrência por vagas na Câmara a contragosto de Lauro. Desde o episódio o ruído com o prefeito só aumentou. Há quem diga no Paço que a ruptura é inevitável e que Lauro prepara para os próximos dias portaria de exoneração de Teodózio Gregório da Silva, presidente do PSC, do comando da Secretaria de Segurança Alimentar.

Outro que acompanha de perto a discussão de Marilza Nagazawa é o vereador Vaguinho do Conselho, pré-candidato a prefeito pelo PRB. Porém, sua lista de pretensos vice já conta com os também vereadores Cida Ferreira (PMDB) e Ricardo Yoshio (PRB).