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Trabalhadores da Saned decretam paralisação
Por Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
18/06/2010 | 07:01
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A partir da zero hora de segunda-feira, os 330 funcionários da Saned (Companhia de Saneamento de Diadema) entrarão em greve por tempo indeterminado. Em assembleia, a categoria rejeitou os 3,5% de reajuste proposto pela direção da empresa municipal. Os trabalhadores reivindicam 10% de reajuste salarial e 5% de aumento real, além de outros itens da pauta econômica.

Para a direção do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente) do Estado de São Paulo, a proposta apresentada pela empresa foi classificada como "indecente e indefensável". Vale ressaltar que os 3,5% seriam repassados aos benefícios, como tíquete-refeição, desejum e auxílio-creche.

Do lado da Saned, a diretoria confirmou na terça-feira e ontem, por e-mail, a proposta de reajuste salarial de 3,5%. Também afirmou que "está aberta às novas discussões, mas que nem o Sintaema como a Comissão Sindical se manifestaram no sentido de dar continuidade às negociações". Sobre a greve, a empresa afirmou ainda que "obedecerá as determinações da Justiça do Trabalho".

A data-base dos trabalhadores de saneamento básico era 1º de maio. "A administração tem adotado uma gestão de caráter privado para a empresa pública", dispara o dirigente Roberto Alves Silveira, o Gaúcho, funcionário afastado para atuar como diretor no Sintaema.

A mesma opinião é compartilhada por Marco Antonio da Silva, que coordena a comissão sindical interna da Saned. "A direção da empresa alega dificuldades por conta do orçamento. Porém, o argumento não procede. A companhia saltou de faturamento mensal de R$ 6 milhões para R$ 10 milhões", afirmou o também trabalhador.

Segundo o Sintaema, haverá "plantão mínimo" para não suspensão de serviços essenciais à população, como abastecimento de água e vazamento da rede. Porém, a princípio, os líderes sindicais planejam a suspensão de atendimento das ordens de serviços e de leituras.

Píquetes na porta da empresa fazem parte das ações ao longo do dia. "Em momento algum fechamos a porta para negociação com a Saned", garantiu Gaúcho.




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