Três décadas depois, a história pode se repetir na família Teixeira. O destino deve fazer com que Adler Kiko Teixeira (PSC), ex-prefeito de Rio Grande da Serra e atual assessor especial do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), trace os mesmos caminhos de seu irmão Aarão Teixeira. Os planos políticos do clã ainda colocam Ribeirão Pires na alça de mira novamente.

Nos bastidores, comenta-se que o socialista-cristão pode disputar a Prefeitura de Ribeirão Pires caso não consiga vaga na Câmara dos Deputados em 2014. As conversas estão avançadas com o PV, partido que perdeu força na cidade, após destituição do diretório. A amarração passa pela executiva estadual, que tem interesse em ressuscitar a legenda no município. O assessor especial em Diadema demonstrou vontade em tentar mudar de domicílio eleitoral, mas publicamente nega a história.

Seis anos depois de deixar o cargo em Rio Grande para disputar a eleição de deputado estadual, Aarão tentou comandar a Prefeitura de Ribeirão. Ele foi candidato no pleito de 1988 pelo PDT. O eleitorado não respondeu bem ao novo voo e o então pedetista ficou em quinto lugar na disputa, com 7,4% dos votos, o que correspondeu a pouco mais de 3.000 sufrágios.

A primeira coincidência entre os dois irmãos está no cargo executivo. Aarão foi eleito o prefeito de Rio Grande em 1972 aos 19 anos – o mais jovem do Brasil. Aos 34 anos, Kiko ocupou a cadeira do irmão entre 2005 e 2012.

Aarão tentou vaga na Assembleia Legislativa, em 1982 e obteve 26.503 votos. Outra diferença é que a campanha foi feita somente na cidade em que foi chefe do Paço, que tinha 7.000 eleitores.

Com a derrota, o ex-prefeito foi convidado para trabalhar no Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) do governo do Estado. O mesmo fez Kiko ao ficar sem atuação política: angariou vaga no primeiro escalão de Lauro.