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Senado espera renúncia estratégica de ACM
Por Das Agências
18/05/2001 | 00:03
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O Congresso espera a renúncia dos senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (sem partido-DF) como último esforço deles para que não percam os direitos políticos. Os dois têm até quarta-feira, quando será votado o relatório, para renunciar. Pelo Regimento Interno do Senado, é possível a renúncia enquanto não for aberto o processo de cassação, medida adotada pela Mesa Diretora da Casa. Líderes partidários acreditam que ACM renuncia para assumir a posição de herói diante da população baiana.

"Ele dirá que renunciou para fugir de um julgamento tendencioso, pois só os baianos seriam isentos com ele", apostou um político experiente, que pediu para não ser identificado. Já Arruda não terá alternativa, a não ser seguir o mesmo caminho, porém, sem heroísmo.

Caso não ocorra a esperada renúncia, o Senado sente cada vez mais a obrigação de cassar os dois parlamentares. Como prova, os principais partidos apóiam o voto aberto. As raras exceções são individuais e estão concentradas, principalmente, na ala aliada dos dois acusados. "O presidente do Conselho de Ética, Ramez Tebet (PMDB-MS), tomou uma decisão de forma autocrática", disse o senador Waldeck Ornélas (PFL-BA), de forma indignada. A oposição considerou a votação aberta uma vitória e garantia certa de que a maioria dos 16 integrantes votará com o relator, aprovando a abertura do processo de perda de mandato.

Só na quarta-feira Tebet dirá se Arruda pode ou não votar no Conselho de Ética. Pela tese apresentada pelo senador Antero Paes de Barros (PSDB-MS), Arruda perderia a vaga no órgão porque faltou a seis sessões consecutivas sem apresentar justificativas.

Arruda não conseguiu manter a fleuma ao cruzar ontem nos corredores do Senado com o relator Saturnino Braga (PSB-RJ).




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