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Família revive tragédia em fórum

Caso da mulher morta atropelada em saída de bufê chega ao Judiciário

Elaine Granconato
12/11/2011 | 07:00
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Sete meses depois do triste desfecho ocorrido após festa de casamento em Santo André, a família Florentino Alves e amigos tiveram de reviver os momentos em que a auxiliar de enfermagem Rosa Maria Leite Alves, 56 anos, foi atropelada e morta quando deixava o bufê. Ontem à tarde, no Fórum local, foi realizada a primeira audiência de instrução e julgamento.

O réu acusado de atropelar e matar Rosa Maria, Luiz Fernando Cerqueira, 30 anos, que segue preso, participou da audiência. Na ocasião, apenas foram ouvidas as vítimas e as testemunhas de acusação. O rito processual durou cerca de três horas.

Em outra data, a juíza da Vara do Júri e Execuções Criminais de Santo André, Milena Dias, ouvirá as testemunhas de defesa. Além de Luiz Fernando, que é acusado por homicídio doloso (quando há intenção de matar), Anderson do Prado, 29, também figura como réu, no processo, por lesões corporais. Ele está solto e não compareceu.

"É reviver, em detalhes, tudo o que ocorreu naquela noite", resumiu Leonardo Florentino Alves, 32, filho de Rosa Maria, que ontem foi ouvido pela juíza como uma das vítimas. Ao seu lado, o pai Nilson Florentino Alves, 57, visivelmente debilitado emocionalmente. Indagado como enfrentava a situação sem a companheira de 34 anos, o patriarca respondeu silabicamente: "Bem ruim."

CRIME

O crime ocorreu na madrugada do dia 17 de abril. A auxiliar de enfermagem, que já estava aposentada, saía da festa de casamento da sobrinha, ocorrida em bufê da Avenida Dom Pedro II, em Santo André. Junto dela, o filho Leonardo e o marido Nilson. O filho sentiu falta de R$ 8, deixados no interior do veículo, e foi reclamar no estacionamento da casa de festas.

Nesse momento, segundo testemunhas contaram à Polícia Civil, Luiz Fernando, que era o noivo de outra festa no mesmo espaço, separado por uma parede, deixava o local e interveio na conversa. Sem motivo aparente, o recém-casado, acompanhado de outros amigos, passou a agredir o rapaz.

Os pais de Leonardo desceram do carro e foram socorrer o filho. Porém, também foram alvo das agressões. Luiz Fernando, então, teria entrado no carro de Leonardo, dado ré e atropelado Rosa Maria. Depois, ainda, descera do veículo e teria chutado a auxiliar de enfermagem, que estava caída, ensanguentada, e praticamente sem vida.

"Esperamos que a Justiça seja feita", disse Leonardo. A promotora Daniela Hashimoto defende a condenação dos réus. No Fórum, ela informou que só se pronunciaria por meio da assessoria de imprensa do Ministério Público, o que não ocorreu.

O advogado dos réus não foi localizado.




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