Política Titulo Mauá
Comissões alegam não conseguir notificar Atila

Grupo teria tido dificuldades para comunicar defesa do prefeito de Mauá sobre pareceres

Por Júnior Carvalho
do dgabc.com.br
12/04/2019 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC 3/4/19


As comissões do impeachment do prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), alegam que não conseguiram notificar a defesa do socialista ontem para tratar dos pareceres dos dois processos de cassação. O advogado do chefe do Executivo, por outro lado, nega que foi procurado pelos parlamentares.

A notificação à defesa de Atila é necessária para comunicar, com antecedência de 24 horas, sobre reunião que as comissões fariam hoje para antecipar o teor dos pareceres. Os documentos opinam pela cassação ou absolvição do prefeito e irão à apreciação do plenário. “Não conseguimos (comunicar a defesa do prefeito). Mas vamos tentar amanhã (hoje)”, assegurou o vereador Sinvaldo Carteiro (DC), presidente da comissão que trata da denúncia de quebra de decoro.

Como o Diário antecipou ontem, os integrantes das comissões projetavam concluir as análises dos dois processos até hoje para, no início da semana que vem, solicitar que o presidente da casa, Vanderley Cavalcante da Silva, o Neycar (SD), marque a sessão de julgamento do mandato do prefeito. O último passo antes da produção dos pareceres foi dado ontem, no fim da tarde, com a entrega das alegações finais por parte da defesa.

Caso notifique o chefe do Executivo ainda hoje, as comissões só poderão se reunir a partir de segunda-feira, o que atrasará o cronograma desenhado no legislativo. Os vereadores correm contra o tempo para evitar estourar o prazo de três meses estipulado pela legislação para encerrar todo o processo, que deve completar nas duas próximas semanas.

Advogado do prefeito nos dois processos de impeachment, Leandro Petrin contestou a informação de que a defesa tenha sido procurada no caso. “Ninguém tentou nos contatar. Mas é muito estranho concluírem os pareceres poucas horas depois de a gente ter protocolado as alegações finais. Quero saber se fizeram curso de leitura dinâmica para ter essa rapidez. Espero que não seja um jogo de cartas marcadas”, criticou. “É só me ligar que eu vou buscar (a notificação)”, emendou.

TENTATIVA NO TJ

Em outra frente, a defesa do prefeito tenta suspender no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) a tramitação de uma das denúncias, justamente a que cita as acusações da Operação Trato Feito de recebimento de propina por parte de Atila. Até o fechamento desta edição, o TJ ainda não havia decidido sobre o pedido de liminar para brecar o andamento do processo. No mês passado, a Justiça de Mauá rejeitou pedidos do prefeito para suspender os dois pedidos.

A defesa também estuda pedir que o TJ-SP paralise a denúncia que trata de suposta vacância no cargo. 




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