Longe da política de Mauá há anos, tucano volta para pedir votos ao PSDB
Temendo que a rejeição ao governo do ex-prefeito de Mauá José Carlos Grecco (1993-1996) afete sua candidatura ao Paço, o prefeiturável do PSDB, Clóvis Volpi, tenta esconder a participação do correligionário na campanha. Longe dos holofotes políticos da cidade há anos, o ex-gestor reapareceu agora para pedir votos a Volpi e ao irmão, o vereador Edgar Grecco (PSDB), que concorre à reeleição.
Apesar de evitar o protagonismo, Zé Carlos Grecco já vinha atuando, de forma discreta, no núcleo duro da pré-campanha de Volpi. E no que depender do tucano, o ex-prefeito continuará apenas atrás das cortinas da campanha.
“Ele é um empresário e tem seus compromissos. As minhas reuniões (de campanha) são feitas durante o dia e é muito difícil para ele acompanhar”, justificou Volpi. Nitidamente desconfortável, o tucano se irritou quando informado pelo Diário sobre imagens que revelam a aparição de Zé Carlos na campanha tucana. “Acho que você (repórter) está com maldade. Acredito que não exista essa foto”, contestou.
Zé Carlos Grecco deixou o comando do Paço de Mauá com altos índices de avaliação negativa – superava os 50%, deixando dívida de R$ 198 milhões no fim do mandato. Por conta da rejeição popular, inclusive, não conseguiu eleger seu sucessor na eleição de 1996, o então vice-prefeito Leonel Damo (PMDB) – perdeu para o então vereador Oswaldo Dias (PT).
O fracasso daquele pleito resultou em racha no PSDB mauaense. Na época, Volpi era deputado estadual e presidente do tucanato paulista. Atribuiu a derrota de Damo à “perda de prumo da administração” de Zé Carlos. O distanciamento entre dois foi um dos fatores que fizeram Volpi mudar o domicílio eleitoral para Ribeirão Pires, onde foi prefeito por dois mandatos (2005-2008 e 2009-2012), pelo PV.
Na eleição de 2012, Zé Carlos atuou na coordenação de campanha da ex-deputada estadual Vanessa Damo (PMDB). O tucano também rompeu com os Damo e, agora, está do lado oposto à família na política mauaense.
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