Dos 90 anos de vida, o engenheiro Waldomiro Zarzur dedicou 63 à verticalização paulistana. Entre as construções erguidas, aproximadamente 300, é responsável por marcos da cidade como o Hospital Albert Einstein e o Palácio W. Zarzur, edifício que foi inaugurado em 1966 e ainda se mantém como o mais alto do Brasil.

A trajetória do engenheiro que foi simultaneamente testemunha e construtor da metrópole poderá ser conferida na mostra intitulada 'Waldomiro Zarzur, 63 Anos Construindo São Paulo' a partir de amanhã no Edifício Brasil, que é sediado na Capital.

Com curadoria de Maria Ruth Amaral de Sampaio, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, a montagem abarca amostra da produção de Zarzur, que está documentada em mais de 5.000 fotografias inéditas de acervo pessoal.

O público poderá observar, por meio de parte das imagens, seleção dos principais edifícios construídos ao longo de décadas de intensa produção, que foi iniciada nos anos 1940. Outra oportunidade é assistir ao documentário homônimo, que foi dirigido pela cineasta Débora Gobitta com roteiro de Messina Neto especialmente para a mostra. As imagens evidenciam a transformação no 'skyline' da cidade, das tecnologias e dos estilos construtivos.

Em sua extensa trajetória construtiva, Zarzur não se destaca apenas como um dos grandes responsáveis pela verticalização de São Paulo, mas se distingue também pelo caráter inovador de suas construções.

Waldomiro Zarzur, 63 Anos Construindo São Paulo - Exposição. Abre amanhã. No Edifício Brasil - Rua Santo Antônio, 722, São Paulo. Visitação: de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h; e aos sábados, domingos e feriados, das 8h às 23h. Grátis.