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Briga de cachorro grande

Agora oferecido com motor V6, Fusion enfrenta Chrysler 300C e Accord; os três ultrapassam R$100 mil

Por Marcelo Monegato
Do Diário do Grande ABC
30/09/2009 | 07:00
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O setor automotivo atravessa um momento de mudanças. Profundas transformações. Há pouco mais de dois anos, engenheiros e projetistas das grandes montadoras surfam a chamada "Onda Verde". Quebram a cabeça dia a dia em busca de novos sistemas híbridos, motores elétricos, baterias de lítio-íon, de olho na almejada emissão zero de poluentes. No entanto, no meio de tudo isso, ainda há espaço - e quem gosta de carro vai concordar - para falarmos dos brutos, potentes e beberrões propulsores V6.

Neste comparativo colocamos frente a frente três representantes dessa estirpe de motores: Chrysler 300C, Honda Accord e o novo Ford Fusion, que a partir deste ano chega ao País vindo no México, onde é produzido, com a opção de bloco com seis cilindros.

E o comparativo justifica-se não apenas pelos motores similares, mas por terem preços salgados - as versões avaliadas dos três modelos ultrapassam os R$ 100 mil - e oferecerem espaço, conforto, tecnologia e estilo. Sem contar o alto desempenho, óbvio!

RESULTADO - Antes de destrinchar cada modelo e revelar as particularidades de cada um, vamos ao veredicto. Com um custo-benefício de dar inveja e não dever nada à concorrência nos demais quesitos, o Fusion ficou com o primeiro lugar.

Com design único, robusto, elegante e recheada lista de equipamentos de série, o Chrysler assegurou a segunda colocação. O Honda, por fim, subiu ao pódio na terceira posição, entregando o melhor desempenho.

Agora o convidamos a dar ignição neste comparativo e pisar fundo no acelerador. Use e abuse da velocidade. Você é nosso convidado!

Fusion derruba a concorrência

Quando chegou ao Brasil, em meados de 2006, o Fusion era oferecido apenas com motor 2.3 16V (162 cv), excelente lista de equipamentos e preço competitivo. Resultado: mais de 28 mil unidades emplacadas até 2008, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). Agora, em 2009, o que era bom ficou melhor. O recheio (itens de série) continua generoso e o preço competitivo, mas os motores passaram a ser 2.5 16V (173 cv) e 3.0 V6 24V (243 cv).

Neste comparativo, avaliamos a configuração mais apimentada, que parte de R$ 99,9 mil. Porém, o modelo que dirigimos custa R$ 103.9 mil, pois vem com teto solar elétrico - único opcional (R$ 4.000). E é exatamente no quesito preço que o mexicano Fusion abocanha a concorrência.

O Honda Accord custa R$ 144,5 mil - diferença astronômica de R$ 40,6 mil, comparado ao Fusion completinho - e o Chrysler 300C R$ 144,9 mil - abismo de R$ 41 mil (valor que daria para comprar quase dois Mille Fire Economy).

E mesmo por este preço, o Fusion V6 entrega muitos benefícios. Vamos lá: ar-condicionado; direção elétrica; CD player com MP3; espelhos retrovisores externos elétricos e térmicos; faróis de neblina; bancos de couro; computador de bordo; controlador de velocidade; seis air bags; sensor de estacionamento traseiro; sensor de monitoramento da pressão dos pneus; e ajuste elétrico do banco do motorista. Destaque para o sistema Sync de mídia e entretenimento, que inclui DVD, conexão para iPod, USB, celular bluetooth e capacidade de guardar 10 Gb de músicas e imagens. Permite comandar funções do ar-condicionado, áudio e telefone com toques na tela de 8 polegadas ou por voz.

Internamente, o Fusion é o menos espaçoso dos três - 2,73m de distância entre os eixos. No entanto, tem o maior porta-malas, com 530 litros de capacidade. O acabamento é de boa qualidade, mesclando couro, materiais emborrachados e plástico. Destaque para o aço escovado e as imitações de alumínio em algumas peças.

DESEMPENHO - Rodando, o Fusion também agrada. Mas não é o melhor. O sistema de tração permanente na quatro rodas AWD garante o equilíbrio e a segurança do Ford. O motor V6 de 243 cv conversa perfeitamente com a nova transmissão automática de seis velocidades, com opção de trocas sequenciais. As mudanças são rápidas, precisas e quase imperceptíveis. A suspensão melhorou. Está mais rígida, ideal para uma condução mais nervosa, porém não abre mão do conforto.

DESIGN - Apesar de ser mais ‘novo' entre os concorrentes, o Fusion não tem o visual mais atraente. O conjunto óptico e a novagrade com três barras metálicas - muito semelhante à do Edge - garantem maior jovialidade ao carro muitas vezes relacionado a pessoas mais velhas; os chamados ‘tiozões'.

A lateral é lisa. Sem vincos ou frisos. A traseira traz nova lanterna - sem a moldura metálica (criticada por muitos) -, mas com a mesma filosofia do Fusion antigo.

RESUMINDO... - O Ford vence o comparativo por apresentar custo-benefício imbatível. Quer um legítimo V6, confortável, estiloso e por menos de R$ 100 mil? Vá de Fusion. É a melhor escolha!




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