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Produção de aço no País cai e setor apresenta ociosidade
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05/04/2009 | 07:00
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A produção de aço no Brasil desceu, no primeiro bimestre de 2009, ao menor nível de utilização de capacidade instalada de sua história. De acordo com dados do IBS (Instituto Brasileiro de Siderurgia), apenas 47,5% do parque siderúrgico foram mantidos em produção plena em janeiro e fevereiro. Historicamente, o setor registrava índices que beiravam o uso integral, sempre acima de 80%.

O tombo é reflexo direto de outro fato inédito: a parada simultânea de seis dos 14 altos-fornos das usinas do País, fato impensável antes do agravamento da crise financeira global. O alto-forno é o coração de uma usina siderúrgica. De lá sai o ferro-gusa, material básico na fabricação das placas, vergalhões e tubos de aço. O desastre só não atinge proporções maiores por causa da recente reativação das encomendas do setor automotivo, embalado pelos efeitos benéficos da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).

No primeiro semestre do ano passado, empurradas pela crescente demanda industrial doméstica e pelo aumento também das exportações, as siderúrgicas planejavam investir US$ 45,7 bilhões até 2013. Hoje, a situação é diferente. Nos dois primeiros meses do ano, as vendas internas caíram 47,8% e as externas também despencaram: -51,6%.

Pelas estimativas do IBS, dois terços dos projetos propostos no período pré-crise estão sendo postergados ou mesmo cancelados.




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