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PT nega prejuízo em briga entre Gallo e Montorinho
Por Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
04/04/2008 | 07:05
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Vereadores petistas de Santo André descartam que a troca de farpas entre os colegas de bancada – o presidente da Câmara, José Montoro Filho, o Montorinho, e o líder da sigla no Legislativo, Jurandir Gallo –, iniciada na terça-feira e retomada na sessão de nesta quinta-feira, possa trazer prejuízos ou desgaste ao partido neste ano eleitoral.

Na opinião de Antonio Leite, o acerto entre os dois é “questão de tempo”. Ele ainda descartou que a troca de acusações seja resquício da prévia do final do ano passado, na qual Montorinho e Gallo ficaram em lados opostos.

“Não acredito que isso irá para frente. Eles conversarão e tudo voltará ao normal”, acrescentou Claudio Malatesta.

A vereadora Maria Ferreira de Souza, a Loló, também segue a mesma linha de pensamento. “Trata-se de um problema pontual, relacionado à aprovação de um projeto em específico”, ressaltou.

O projeto em questão, citado por Loló, é de autoria do Executivo e prevê a ampliação das Zeis (Zonas de Especial Interesse Social) – áreas destinadas exclusivamente à construção de habitações para a população de baixa renda.

Uma emenda de Montorinho à proposta do governo, por meio da qual ele pede a supressão de sete áreas por entender que elas devem ter outra finalidade, foi a responsável pela crise.

Gallo acusou Montorinho de defender interesses de empresas. Já o presidente da Câmara rebateu a declaração dizendo que é o líder da bancada quem defende interesse de cooperativas de habitação. Além disso, culpou-o pela baixa produtividade da Casa.

Nesta quinta-feira, Gallo desmentiu que seja o responsável pelo fato de os projetos não serem votados, mas afirmou que “defendia sim os interesses de cooperativas”. “Não escondo isso de ninguém. É licito e aberto.”

Reunião - Apesar de minimizar a briga interna, um ponto que incomoda a todos é a falta de reuniões semanais da bancada.

“Há uma falha na liderança neste sentido. Falta diálogo para sabermos o que cada um está pensando”, avaliou Leite.

Para Loló, o PT precisa retomar o hábito de se reunir. “Era neste espaço de discussão que acertávamos os ponteiros e ajustávamos as diferenças, evitando que os ânimos se aflorassem em plenário.”

Gallo se defendeu dizendo que estava cansado de marcar encontros e “ninguém ou pouca gente” aparecer. Porém, diante das críticas, garantiu que convocará os vereadores novamente. “Mas sei que ninguém aparecerá.”




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