Política Titulo Morosidade
CPIs da Craisa e das Antenas seguem lentas em Sto.André

Mesmo com a composição oficializada em outubro, os grupos mantiveram marasmo, sem avanços na Casa

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
15/12/2013 | 07:00
Compartilhar notícia


Duas CPIs estão instauradas na Câmara de Santo André: da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) e das Antenas. Ambas estagnadas. Mas não por imbróglio judicial e sim pelo marasmo na atuação parlamentar ou falta de interesse político. Foram oficializadas em outubro, com a definição dos integrantes e formação da presidência e relatoria, só que, mesmo assim, sem desenrolar das investigações. Apenas poucos requerimentos aprovados.

Desde a liberação, a comissão da Craisa, depois de período de cinco meses parada na Justiça, readequou a composição com o vereador José Montoro Filho, o Montorinho (PT), como presidente e permaneceu sem avanço. No balanço do trabalho, foram apenas duas reuniões e nenhuma oitiva. Nesses encontros no Legislativo, a solicitação de contratos e prestação de contas da autarquia, começando pela gestão Aidan Ravin (PSB) – a fiscalização englobaria análise dos últimos 20 anos.

Montorinho alegou que a atuação “não é a toque de caixa”. Segundo o petista, o grupo avalia a documentação encaminhada pela autarquia e deixou confirmado para dia 7 de fevereiro o depoimento do atual superintendente, Hélio Tomaz Rocha, e o presidente da Aeceasa (Associação das Empresas da Ceasa do Grande ABC), João Batista de Lima. “Estamos checando todo o material enviado para questionar durante as oitivas, dando encaminhamentos necessários. A CPI está funcionando.”

Lima já prestou esclarecimentos à comissão, mas a oitiva se deu antes do mandado de segurança protocolado judicialmente, quando os governistas pressionaram por maior participação efetiva. Diante disso, o único material coletado no depoimento foi considerado nulo. Após esse episódio, não houve andamento significativo e nem sequer se estipulou foco da apuração de eventual irregularidade praticada.

A CPI das Antenas, por sua vez, se encontra em condição precarizada. Presidida por Toninho de Jesus (Solidariedade), a primeira baixa foi o parecer contrário do departamento jurídico da Casa, indicando que os vereadores não têm competência para averiguar serviços prestados por empresas de telefonia móvel instaladas na cidade. A atuação fragilizada é que sustenta a morosidade. No prazo de quase dois meses da formalização do bloco, somente uma reunião e sem nenhuma oitiva.

Nesse tempo de implementação da comissão, só um requerimento foi avalizado, pedindo a relação dos proprietários das antenas e os endereços de cada unidade. Toninho ficou irritado ao ser indagado sobre a demora da apuração. “Não é pouco. Participo de várias outras comissões de assuntos relevantes”, disse, completando que o Fórum “tem pedido para retirar uma antena”, sem qualquer informação da justificativa do procedimento e a quem pertence a unidade. “Por enquanto, ainda não sei. Só fiquei sabendo que isso aconteceu”, resumiu o solidário.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;