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PT de Mauá escolhe psicóloga para buscar unidade interna

Sônia tem apoio da maioria do partido, que patina para definir candidatos para eleição de 2014

Por Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
18/10/2013 | 07:00
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Nome de consenso para presidir o PT de Mauá pelos próximos quatro anos, Sônia Rodrigues tem a dura missão de conquistar a unidade do partido para definir os candidatos a deputado estadual e federal pela cidade em 2014. São muitos nomes e apenas duas vagas.

O quadro mais incerto é na concorrência pela Câmara dos Deputados. O vice-prefeito e secretário de Habitação, Helcio Silva (PT), é tratado como postulante com apoio do governo para a vaga federal. O titular da Pasta de Serviços Urbanos, Rogério Santana (PT), corre por fora para tentar emplacar seu nome.

Nenhum dos dois parece disposto a abrir mão do desejo para o próximo ano, apesar de a candidatura de Helcio ter sido acertada no ano passado, como parte do acordo para o chefe do Executivo Donisete Braga (PT) concorrer ao Paço no lugar do então prefeito Oswaldo Dias (PT).

Além disso, alguns vereadores e integrantes do primeiro escalão já fecharam apoio a deputados federais do PT que tentarão a reeleição, o que prejudica a unidade do PT municipal.

Para a Assembleia Legislativa, o secretário de Mobilidade Urbana, Paulo Eugenio Pereira Júnior (PT), possui um quadro mais confortável. Com apoio do governo, ele trabalha para ter a adesão de outros grupos do PT. O vereador Marcelo Oliveira (PT) ensaiou uma pré-candidatura, mas acabou abdicando para coordenar a campanha de Helcio Silva.

Esse é o cenário que Sônia encontrará no partido. A meta é conseguir a unidade em seis meses – se for eleita, ela assume em janeiro e o registro das candidaturas ocorre no começo de julho. O prefeito Donisete Braga (PT) brincou que Sônia foi escolhida por ser psicóloga. “Somente ela poderá tratar das divergências e potencializar as convergências do partido”, afirmou ontem, durante lançamento da candidatura dela, na sede do PT local.

Paulo Eugenio destacou que a profissão da candidata irá ajudá-la na condução do partido. “Estávamos precisando de uma psicóloga. Ela tem habilidade para conversar com todo mundo”, analisou o secretário.

O chefe do Executivo reiterou que, apesar de a candidata ter apoio da administração, ela não conduzirá a legenda a favor dos colocados pela administração para disputar o pleito do ano que vem. “O nome da Sônia não tem viés de candidatura, não é chapa branca. Espero que essa direção possa fazer todas as discussões com a militância”, ponderou.

A candidata admitiu que o diretório possui arestas que precisam ser aparadas para deixar a legenda pronta para eleição do ano que vem. “A unidade não quer dizer que nós não temos diferença. Só que conseguimos lutar pelo mesmo ideal e isso supera as nossas diferenças”, considerou.

Sônia tem apoio de cinco grupos – o partido é composto por seis correntes. Reinaldo Tchê ainda mantém sua candidatura, apesar de conversar com a atual direção para retirar seu nome até 10 de novembro, data do PED (Processo de Eleição Direta).

DISPUTA EM SÃO PAULO

A conquista do Palácio dos Bandeirantes pelo PT foi tratada em todos os discursos da noite. Donisete falou que o partido em Mauá tem “o dever e a obrigação de ajudar a ganhar as eleições no Estado”.

O vereador José Luiz Cassimiro (PT) foi um dos mais exaltados ao comentar a pré-candidatura do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao governo de São Paulo. “Já passou da hora de o PT conquistar São Paulo”, esbravejou.




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