Sônia tem apoio da maioria do partido, que patina para definir candidatos para eleição de 2014
Nome de consenso para presidir o PT de Mauá pelos próximos quatro anos, Sônia Rodrigues tem a dura missão de conquistar a unidade do partido para definir os candidatos a deputado estadual e federal pela cidade em 2014. São muitos nomes e apenas duas vagas.
O quadro mais incerto é na concorrência pela Câmara dos Deputados. O vice-prefeito e secretário de Habitação, Helcio Silva (PT), é tratado como postulante com apoio do governo para a vaga federal. O titular da Pasta de Serviços Urbanos, Rogério Santana (PT), corre por fora para tentar emplacar seu nome.
Nenhum dos dois parece disposto a abrir mão do desejo para o próximo ano, apesar de a candidatura de Helcio ter sido acertada no ano passado, como parte do acordo para o chefe do Executivo Donisete Braga (PT) concorrer ao Paço no lugar do então prefeito Oswaldo Dias (PT).
Além disso, alguns vereadores e integrantes do primeiro escalão já fecharam apoio a deputados federais do PT que tentarão a reeleição, o que prejudica a unidade do PT municipal.
Para a Assembleia Legislativa, o secretário de Mobilidade Urbana, Paulo Eugenio Pereira Júnior (PT), possui um quadro mais confortável. Com apoio do governo, ele trabalha para ter a adesão de outros grupos do PT. O vereador Marcelo Oliveira (PT) ensaiou uma pré-candidatura, mas acabou abdicando para coordenar a campanha de Helcio Silva.
Esse é o cenário que Sônia encontrará no partido. A meta é conseguir a unidade em seis meses – se for eleita, ela assume em janeiro e o registro das candidaturas ocorre no começo de julho. O prefeito Donisete Braga (PT) brincou que Sônia foi escolhida por ser psicóloga. “Somente ela poderá tratar das divergências e potencializar as convergências do partido”, afirmou ontem, durante lançamento da candidatura dela, na sede do PT local.
Paulo Eugenio destacou que a profissão da candidata irá ajudá-la na condução do partido. “Estávamos precisando de uma psicóloga. Ela tem habilidade para conversar com todo mundo”, analisou o secretário.
O chefe do Executivo reiterou que, apesar de a candidata ter apoio da administração, ela não conduzirá a legenda a favor dos colocados pela administração para disputar o pleito do ano que vem. “O nome da Sônia não tem viés de candidatura, não é chapa branca. Espero que essa direção possa fazer todas as discussões com a militância”, ponderou.
A candidata admitiu que o diretório possui arestas que precisam ser aparadas para deixar a legenda pronta para eleição do ano que vem. “A unidade não quer dizer que nós não temos diferença. Só que conseguimos lutar pelo mesmo ideal e isso supera as nossas diferenças”, considerou.
Sônia tem apoio de cinco grupos – o partido é composto por seis correntes. Reinaldo Tchê ainda mantém sua candidatura, apesar de conversar com a atual direção para retirar seu nome até 10 de novembro, data do PED (Processo de Eleição Direta).
DISPUTA EM SÃO PAULO
A conquista do Palácio dos Bandeirantes pelo PT foi tratada em todos os discursos da noite. Donisete falou que o partido em Mauá tem “o dever e a obrigação de ajudar a ganhar as eleições no Estado”.
O vereador José Luiz Cassimiro (PT) foi um dos mais exaltados ao comentar a pré-candidatura do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao governo de São Paulo. “Já passou da hora de o PT conquistar São Paulo”, esbravejou.
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