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Apicultor tira ninho de marimbondos formado em semáforo no bairro Jardim

Especialista removeu colônia e soltou os insetos em espaço apropriado

Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
02/10/2020 | 00:01
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Claudinei Plaza/DGABC


A Prefeitura de Santo André providenciou ontem a retirada do ninho de marimbondo que ocupava luz vermelha de semáforo no cruzamento entre as ruas das Bandeiras e das Figueiras, no bairro Jardim. Na quarta-feira, o Diário mostrou o problema que chamava atenção de motoristas e pedestres que passavam pelo local.
O trabalho de retirada foi feito por experiente apicultor conhecido como Toninho das Abelhas, 63 anos. Especialista em captura e retirada de colmeias de abelhas, vespeiros e marimbondos, o profissional trabalha com isso há 37 anos e atua por todo Estado.

Sobre o local de formação do ninho, o apicultor explicou que é normal os marimbondos procurarem lugar como esse, já que a luz do semáforo possuí proteção. O especialista também disse que é muito comum encontrar os insetos embaixo de radares.

“A retirada foi feita com todo cuidado, até porque eu não faço extermínio destes insetos. Eu retiro e faço a soltura em local apropriado e longe de residências ou empresas, para o bem deles e das pessoas também”, explica Toninho.

O apicultor retirou o ninho e o colocou dentro de um saco apropriado. A caminho de outro trabalho, em Cotia, Toninho fez a soltura em espaço aberto. Por dia, o especialista realiza entre seis a sete serviços de retirada de ninhos e colmeias nas cidades. “Com esse tempo mais quente, é normal aparecer com mais frequência esses casos, com a tendência ainda deles se multiplicarem”, comentou Toninho.

Como os insetos estavam no semáforo que fica do lado da calçada, não foi necessária a paralisação do trânsito e o serviço foi realizado em poucos minutos. “Os marimbondos não atacam a longa distância, então, foi um trabalho tranquilo e com todo suporte técnico”, finaliza o apicultor.

Bióloga e professora de gestão ambiental da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), Marta Marcondes explicou na quarta-feira que é comum ninhos como este serem construídos em árvores, e a falta de vegetação faz com que os insetos busquem outros espaços. “É triste porque toda poda de árvore, toda retirada de alguma espécie que serve como local para morarem, os obriga a buscar outros lugares”, avaliou a bióloga, que recomendou que as pessoas não mexam ou jogue objetos no ninho para não sofrer possível ataque dos insetos. 




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