Política Titulo Disputa interna
Marinho defende Tatto como candidato em São Paulo

Presidente do PT no Estado argumenta que ex-deputado está sem mandato e ‘100%’ livre

Raphael Rocha
Diário do Grande ABC
18/01/2020 | 23:59
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André Henriques/DGABC


Presidente estadual do PT e ex-prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho declarou apoio à pré-candidatura do ex-deputado federal Jilmar Tatto (PT) à prefeitura da Capital. Na visão de Marinho, Tatto, atualmente sem mandato, é o único dos postulantes que pode ingressar na disputa sem ter de dividir atenções com outras atribuições políticas.

Marinho explicitou apoio a Tatto depois que foi encerrada possibilidade de o ex-prefeito e ex-ministro Fernando Haddad ser o candidato da legenda neste ano – Haddad percorrerá o País com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em busca de se cacifar como presidenciável em 2022.

“O possível candidato nosso é o Jilmar Tatto. Se depender de mim, é o Jilmar Tatto. Estamos trabalhando, conversando com todas as lideranças colocadas, com muito respeito. Mas tem de analisar o momento. A tarefa que cada um está cumprindo e quais vai cumprir”, citou Marinho, listando que Padilha e Zarattini são deputados federais e Suplicy terá a missão de impulsionar a bancada de candidatos a vereador, como fez em 2016. “O Jilmar não tem mandato está 100% dedicado a essa tarefa.”

Candidato derrotado ao Senado em 2018, Tatto disputa a indicação do diretório paulistano com os deputados federais Alexandre Padilha e Carlos Zarattini, com o vereador Eduardo Suplicy e o ex-vereador Nabil Bonduki.

Marinho acredita ser possível definir o prefeiturável da Capital sem prévias, a exemplo do processo conduzido em 2012, quando Haddad foi alçado a essa condição em meio a um clima de rivalidade interna – ele era o indicado de Lula, fator decisivo à época, e foi eleito prefeito de São Paulo naquele ano. “O Haddad não é candidato. Esse martelo está batido, com Haddad, com Lula. Apesar de eu não gostar da ideia porque eu queria o Haddad candidato.”

Sobre a reaproximação da ex-senadora Marta Suplicy ao PT – depois de 33 anos de filiação, ela foi ao MDB, sigla da qual já saiu –, Marinho confirmou conversas para que ela integre o bloco de apoio ao candidato petista, mas descartou o regresso efetivo da ex-emedebista ao petismo. O dirigente colocou Marta como “boa vice” e negou que o PT vá apoiá-la como prefeiturável. “Precisamos da estrela, do número 13, na campanha metropolitana. Nosso único espaço midiático de campanha metropolitana é a Capital.” 

''Teremos prefeiturável em toda região’

Sobre o Grande ABC, o presidente do PT estadual e ex-prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, afirmou que o partido terá candidato majoritário em todas as sete cidades.

No fim do ano passado, ele havia admitido que, em alguns municípios, existia debate para composição em São Caetano e em Ribeirão Pires – seria a primeira vez que o PT partiria para o pleito na região sem ter nome nas sete cidades.

O cenário agora, porém, é outro. Com o esfriamento das negociações com o prefeito de Ribeirão, Adler Kiko Teixeira (PSB), pelo provável retorno do socialista ao PSDB, e com a dificuldade de alianças em São Caetano, Marinho aposta em projetos majoritários nessas cidades como trampolim para a eleição a vereador. Ou seja, ele reconhece que, ao menos nesses municípios, a briga principal é por ter representante no Legislativo.

Nas demais cidades, ele vê favoritismo do ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT) em Diadema, ambiente favorável ao PT em Mauá – o candidato será o vereador Marcelo Oliveira – e disputa apertada em São Bernardo – ele assumirá o projeto político. Em Santo André, Marinho afirmou que a batalha será levar a vereadora Bete Siraque, prefeiturável petista na cidade, ao segundo turno. “É uma nova eleição, tudo é possível”, disse. “PT local tem autonomia para construir a melhor tática olhando do ponto de vista pragmático e tático”, sintetizou.




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