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CDHU busca recursos com governo federal para Santo André
Por Deborah Moreira
Do Diário do Grande ABC
05/12/2009 | 07:05
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O secretário de Estado da Habitação e presidente da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), Lair Krähenbühl, afirmou ontem que a companhia está buscando recursos com o governo federal para a remoção , para um novo local, das 1937 famílias que vivem no Jardim Santo André, em Santo André. A região é considerada como área de risco pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas).

No entanto, ele não disse quanto está sendo pedido e nem quando deve ocorrer. "No início do ano, o presidente da CDHU anunciou um investimento de R$ 200 milhões para Santo André, e precisamos de, no mínimo, 24 meses para a construção dos prédios", afirmu o secretário de Habitação do município, Frederico Muraro Filho, durante audiência pública na Câmara, sobre o assunto, no dia 5 de novembro.

"Foi proposto um convênio em parceria com a prefeitura e estamos aguardando um retorno de Santo André", adiantou o engenheiro José Emílio de Barros, superintendente de Obras da CDHU, presente à cerimônia de entrega de 420 moradias da CDHU na Favela Vila Ferreira, em São Bernardo. Dessas, 300 serão destinadas aos moradores da favela, 100 são para famílias desapropriadas por conta das obras do trecho sul do Rodoanel e 20 para pessoas que vivem nas encostas da Serra do Mar, no quilômetro 40 da Rodovia Anchieta.

O secretário estadual também esteve presente, acompanhando o governador José Serra, que entregou as chaves a um dos futuros moradores. "Além dos novos apartamentos, estamos reformando 500 moradias já existentes da Vila Ferrreira, que está deixando de ser favela e se tornando bairro ", declarou José Serra. Também estiveram presentes os deputados estaduais Orlando Morando (PSDB), Vanessa Damo (PMDB), Ana do Carmo (PT) e José Augusto (PSDB), entre outros.
A prefeitura confirmou que está em fase de estudo um convênio em parceria com a CDHU para atender famílias.

VILA FERREIRA
A favela de Vila Ferreira começou a ser formada na década de 1980.
"Quando ocupamos era uma área particular. Houve uma ação de reintegração de posse. Então, o governador (Franco Montouro) realizou a desapropriação da área para ser urbanizada", contou Manuel Dias, 54, líder comunitário e morador da região.

Mutuário da CDHU há 18 anos, na Granja Itu, Dias lembrou de quando não havia luz na favela: "Ligava a televisão na bateria do carro e todos vinham assistir".




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