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Santo André inicia projeto para urbanizar núcleo Pintassilgo

Dois anos e meio depois de anúncio feito pela gestão passada, empresa é contratada

Por Camila Galvez
09/08/2013 | 07:00
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Tiago Silva/DGABC


A promessa de urbanizar o núcleo Pintassilgo, comunidade irregular próxima ao Parque do Pedroso e à Represa Billings, em Santo André, tem pelo menos 40 anos, mas pode estar mais próxima de sair do papel. Dois anos e meio depois do anúncio feito pela gestão passada, a Prefeitura de Santo André contratou empresa para elaborar o projeto de urbanização da área.

Em março de 2011, a administração Aidan Ravin (PTB) divulgou que a verba para executar o estudo havia sido contemplada pelo PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento). À época, a Caixa Econômica Federal apontou como prazo máximo o dia 31 de maio para formalizar a liberação dos R$ 640 mil. A expectativa era concluir o projeto até o fim daquele ano, mas nada foi feito.

A equipe do Diário questionou a atual gestão para saber se a verba foi realmente liberada e qual o custo de contratação da empresa que irá, finalmente, executar o projeto, porém, não obteve resposta. A Prefeitura também não informou prazos para início e conclusão das obras, que incluem implementação de saneamento ambiental e requalificação das unidades habitacionais.

Parte das cerca de 1.650 famílias terá de ser removida e reassentada em espaços no próprio núcleo, e as que estão em área de risco serão atendidas em programas de moradia popular. Além disso, serão recuperadas as unidades de conservação ambiental do Parque do Pedroso e da Billings.

PROMESSAS

Quem vive no local se diz cansado de ouvir promessas que não saem do papel. “No começo falavam que todos teriam que sair. Agora, que é só quem está em área de risco. Nunca sabemos o que é verdade, e só acredito quando a obra começar de vez”, diz o ambulante Francisco Alves de Oliveira, 63 anos e morador do núcleo há 40.

Segundo os moradores, no começo de junho a Prefeitura realizou reunião na comunidade para falar sobre os prazos. “Disseram que até novembro a (AES) Eletropaulo vai concluir a instalação dos relógios individuais em cada casa”, afirma o aposentado Milton Magalhães, 72.

Os moradores também foram impedidos de realizar obras nos imóveis enquanto a urbanização não for iniciada. “Minha filha estava fazendo manutenção na casa dela, que fica no mesmo terreno que a minha, mas parou. Não vamos gastar sem saber se ficaremos aqui”, afirmou a doméstica Josélia Rodrigues Campos, 47.

Para a comerciante Cristiana Estrela, 37, a reunião com a Prefeitura renovou as esperanças. “A gente já ouviu muita promessa, mas parece que a coisa agora é séria. Só esperando para saber.” 




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