A Câmara de Mauá aprovou ontem o veto do prefeito Oswaldo Dias (PT) ao projeto de lei que tornava obrigatória a realização do Carnaval na cidade. De autoria do ex-prefeito Leonel Damo (PV), a matéria foi aprovada no ano passado, no apagar das luzes da gestão do verde.

Para minimizar os danos com os vereadores, que temiam que o veto acabasse com o Carnaval nos próximos quatro anos, o secretário de Governo, José Luiz Cassimiro, prometeu a Uesma (União das escolas de samba de Mauá) uma reunião com o secretário de Cultura, José Estevam Gazinhato, na sexta-feira.

O presidente da Câmara, Rogério Santana (PT), reiterou que a decisão do PT pelo veto não prevê o fim da festa na cidade. "Queremos apenas desvincular a necessidade do emprego específico de verba para o evento", disse.

O presidente da Uesma, Roberto Amaro de Lima, o Robertinho, tomou a dianteira das negociações. "Esse primeiro contato será só comigo e com os secretários. Vamos ver quais as propostas deles", explicou. Os vereadores devem montar uma comissão para participar da reunião.

A decisão de Robertinho de aceitar o veto não foi bem vista pelos representantes das escolas. Maninho, diretor da escola Tradição, reclamou das condições para a negociação. "Por que não pudemos ser recebidos para acertar isso antes da votação do veto? Quais são as certezas que teremos que essa reunião renderá alguma coisa?", questionou durante a reunião.

O vereador Edgar Grecco (PDT), que fez a interlocução entre o Legislativo e a Uesma, defendeu a Prefeitura. "A lei aprovada pelo Leonel apresentou vícios. Se não aprovarmos o veto hoje, o prefeito pode barrar a lei com um processo administrativo."

VISITAS - Durante a sessão de ontem, o secretário de Desenvolvimento Social e Trabalho e Renda, Edílson de Paula, visitou o Legislativo para falar sobre as parcerias já em andamento entre a Prefeitura e o governo federal.

O presidente da Câmara de São Bernardo, Otávio Manente (PPS) também esteve no Legislativo. O parlamentar defendeu a união entre as cidades do Grande ABC para superar os problemas em comum, caso da Saúde em Mauá.