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Saulo visa parceria com Estado na Saúde

Para prefeito eleito de Ribeirão Pires, simples estadualização de hospital não garantiria qualidade

Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
08/11/2012 | 06:13
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Estadualizar o Complexo Hospitalar Santa Luzia está fora de cogitação pelo prefeito eleito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB). A proposta seria levada ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), mas as filas de espera no sistema de Saúde estadual fizeram o futuro chefe do Executivo desistir da sua primeira promessa de campanha.

Saulo explicou que transferir a administração do equipamento para o governo do Estado não traria benefícios aos munícipes, pois não haveria prioridade no atendimento. "Já teve alto investimento no prédio e a população aguarda o retorno com bom atendimento", afirmou.

Somente a fila de espera para cirurgias no Hospital Estadual Mário Covas contém 2.473 pessoas. As sete cidades da região enviam, em média, 4.400 pacientes por mês ao equipamento de Saúde localizado em Santo André. "Estudamos transformar o complexo do Santa Luzia num braço de atendimento do Mário Covas, mas não teríamos vantagem alguma", justificou o prefeito eleito.

O peemedebista reiterou que o complexo hospitalar irá atender Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e o bairro de Palmeiras, que pertence à cidade de Suzano. Na semana que vem, Saulo deve se reunir com o secretário de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido, para debater a questão.

Saulo irá propor locação de 20 leitos para ajudar na manutenção do hospital, que comprometerá grande parte do Orçamento da Saúde (R$ 66 milhões em 2013). "Teremos que administrar com mãos de ferro para economizar e conseguir manter o local aberto", avaliou.

 

COFRE TRANCADO

Para contenção de gastos, a ideia é criar o almoxarifado central para controlar entrada e saída de medicamentos e a melhoria no atendimento básico, concedido nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde). "Conseguiremos economizar cerca de 20%", garantiu.

Somente a UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas), que integra a primeira parte do complexo hospitalar, custa mensalmente R$ 3 milhões, valor que assustou o futuro governante. "É um gasto alto. Mas acredito que R$ 1 milhão é desperdício que ocorre na atual gestão, que joga o dinheiro no ralo", criticou Saulo.

 

 




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