O presidente da Conmebol, Nicolas Leóz, afirmou ontem que não pensa em fazer alterações no regulamento e no sistema de disputa da Copa Libertadores 2007, apesar de a decisão contar, pela segunda vez, com dois clubes brasileiros. De acordo com o dirigente, foi cogitada a idéia de proibir novamente uma final caseira, mas o assunto está, pelo menos no momento, descartado. “Ainda pretendo me reunir com os presidentes das federações de cada País, mas não vejo motivos para mudar nada para o próximo ano”, disse Leóz, durante evento promovido pela Toyota, num hotel de Porto Alegre. A empresa japonesa, inclusive, aproveitou para anunciar que manterá o patrocínio à Libertadores em 2007. A parceria já dura oito anos.

O torneio deste ano contou com 38 clubes, incluindo dois do México, país afiliado à Concacaf – que representa nações das Américas Central e do Norte, além do Caribe. Mesmo assim, Leóz não viu problemas no fato de o torneio ser decidido pela segunda vez consecutiva por duas equipes brasileiras. Antigamente, times de um mesmo país se enfrentaram nas primeiras fases de mata-mata para que não chegassem juntos à decisão. Foi por isso que Palmeiras e Corinthians, por exemplo, se encontraram nos torneios de 1999 e 2000 antes da final.

“A maioria dos participantes considerou que não existe problema de dois clubes do mesmo país disputar a final, já que, com este regulamento, os times que chegam à final são os melhores do torneio”, afirmou o dirigente. Marco Aurélio Cunha, que representou a diretoria do São Paulo no evento da Conmebol, concordou com o presidente da entidade. E disse que estava torcendo para que a final fosse contra o Internacional. “Como brasileiro, nunca escondi minha torcida para que fosse uma decisão nacional, ainda mais em se tratando do Inter, um clube muito semelhante ao nosso no que diz respeito à estrutura. Tenho certeza que o vencedor representará muito bem o futebol brasileiro no Mundial de Clubes do Japão”, disse o superintendente de futebol do São Paulo.