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Ladrão investigado por furto ao BC é seqüestrado; polícia é suspeita
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19/10/2005 | 00:10
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Um seqüestro inusitado em São Paulo está causando uma crise na polícia. A vítima é Luiz Fernando da Viana Salles, o Fê, um dos suspeitos de participar do furto de R$ 164,7 milhões do Banco Central de Fortaleza. E os seqüestradores do ladrão são policiais. A família do bandido foi obrigada a pagar R$ 2 milhões de resgate aos criminosos que dominaram Fê na noite do dia 7. Mas, até agora, os policiais não cumpriram o acordo e Fê continua desaparecido.

Fê foi seqüestrado em frente de uma boate na rua dos Pinheiros, zona Oeste de São Paulo, por um grupo de homens. No dia seguinte, os agentes federais souberam do que havia acontecido porque flagraram uma conversa de uma parente do suspeito, num telefonema grampeado. Ela disse acreditar que Fê havia sido preso "por policiais do Deic", o Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado, da Polícia Civil paulista. Os federais entraram em contato com a direção do Deic para saber se Fê havia sido detido por seus homens.

O diretor do departamento, delegado Godofredo Bittencourt Filho, pôs seus homens para apurar o que estava acontecendo. Bittencourt informou a Corregedoria da Polícia Civil que passou a acompanhar também o caso. Antes que o Deic pudesse intervir, os parentes de Fê fecharam um acordo com os policiais bandidos. Um advogado do ladrão apanhou os R$ 2 milhões do resgate e entregou aos seqüestradores em um posto de gasolina da Rodovia Raposo Tavares. Era madrugada de domingo, dia 9.

Contando dinheiro - Horas depois, os policiais seqüestradores telefonaram para a família do suspeito do furto e disseram que estavam "contando o dinheiro". O tempo passou e o ladrão continuou desaparecido. Na terça-feira, dia 11, o advogado da família de Fê procurou a direção do Deic. No dia seguinte, encaminhou os parentes para serem ouvidos no departamento. A essa altura, um inquérito policial já havia sido aberto pelo Delegacia de Roubo a Banco do Deic. A mulher de Fê foi ouvida, além de testemunhas do seqüestro. Elas analisaram fotografias de todos os policiais do Deic para tentar reconhecer os seqüestradores.




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