Política Titulo São Bernardo
Morando define equipe inicial de transição em São Bernardo

Prefeito eleito, Marcelo Lima e Carlos Maciel vão compor grupo que debaterá informações da Prefeitura na terça-feira com Luiz Marinho

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
05/11/2016 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Prefeito eleito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB) vai participar da primeira reunião de transição de governo com a cúpula designada pelo atual chefe do Executivo, Luiz Marinho (PT). Além do próprio tucano, farão parte do grupo inicial o vice-prefeito eleito, Marcelo Lima (SD), e o ex-vereador e advogado Carlos Roberto Maciel.

A reunião está marcada para terça-feira, às 10h, no Paço. “Uma boa transição é o melhor para a cidade e para todos. Tenho certeza que será uma transição exemplar”, disse Marinho, em comunicado no início da semana. A gestão petista ainda não informou quais colaboradores serão destacados para a troca de informações – Marinho deve participar também desta primeira reunião.

“O prefeito Luiz Marinho me ligou, falou sobre o processo de transição. Espero que seja um processo transparente, republicano, para o bem de São Bernardo”, argumentou Morando. Maciel foi vereador, mas seu papel mais destacado na política de São Bernardo foi ser secretário de Assuntos Jurídicos na segunda passagem de Mauricio Soares (PHS) pelo comando do Paço. Ele foi designado por Morando como coordenador da equipe de transição, o que já fortalece seu nome para compor o primeiro escalão do futuro governo tucano.

As próximas reuniões de transição devem ser setorizadas e com servidores de carreira da Prefeitura. Morando acredita que esse método vai mostrar a real situação financeira da administração.

Dentro da cúpula da futura gestão, preocupa o fato de Marinho ter assinado diversos contratos de financiamento com pagamentos de longo prazo – alguns firmados em dólar – e com juros. A quantidade de empréstimos pode comprometer a capacidade própria de investimentos do Paço num momento em que o governo federal acena por fechar as torneiras de repasses da União aos municípios.

EMENDA
Morando afirmou que “toda e qualquer emenda que vier para São Bernardo será bem-vinda”, em resposta ao deputado federal Alex Manente (PPS), seu rival na eleição. Na quinta-feira, Alex declarou que havia articulado separar R$ 3 milhões do Orçamento federal para a cidade, ficando no aguardo somente de sinalização de Morando para qual área.

“Vou, inclusive, procurar outros deputados federais que tiveram votação em São Bernardo para ajudar”, disse o tucano. “Ainda vou tomar pé da situação da Prefeitura. Mas, num primeiro momento, vislumbro utilizar esse recurso (separado por Alex) para infraestrutura urbana”, adicionou. Morando venceu a eleição à Prefeitura de São Bernardo no domingo, ao receber 59,94% dos votos válidos contra 40,06% de Alex. Ele assumirá a função de prefeito pela primeira vez – antes, foi vereador e deputado estadual.

Tucano se reúne com direção da Sabesp

Ontem à tarde, o prefeito eleito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), se reuniu com o presidente da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Jerson Kelman, e a diretoria da estatal para debater investimentos que podem chegar à cidade.

A principal pauta foi com relação a obras de tratamento de esgoto para a região do Grande Alvarenga. O andamento de intervenções no Córrego Pindorama, no bairro Jordanópolis, também entrou em pauta, uma vez que a Sabesp terá de construir rede auxiliar (de cerca de 600 metros) para captação de esgoto de cerca de 120 residências. A última parcial divulgada pela Prefeitura de São Bernardo apontava que a obra estava 93% concluída.

“Foi uma reunião muito boa, mostrando que a direção da Sabesp está disposta a ajudar São Bernardo. Há acenos positivos do presidente Jerson Kelman com relação a investimentos, não só para o Grande Alvarenga, mas também para a região da Represa Billings”, declarou Morando.

A Sabesp opera o sistema de água e esgoto de São Bernardo desde 2004, quando o antigo DAE (Departamento de Água e Esgoto) do município foi entregue ao governo do Estado por causa de dívidas que se acumulavam. O acordo foi assinado durante a gestão de William Dib (ex-PSDB). 




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