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Planejamento contra enchentes fica pronto na época da estiagem

Custo do plano elaborado pela KF2 Engenharia a
pedido do Consórcio aumenta e chega a R$ 1,5 mi

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
19/02/2016 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Em uma década, oito pessoas perderam a vida nas enchentes da região. Neste ano foram contabilizadas duas mortes em alagamentos. O problema é sério e precisa de ação, porém, as soluções que o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC pretende implantar só serão conhecidas em junho, período de estiagem do ano. Isso porque o estudo contratado pela entidade em junho de 2015, ao custo de R$ 1,2 milhão, e que deveria ser entregue em março, ganhou prazo de mais 120 dias, além de adicional de R$ 301 mil, chegando a R$ 1,5 milhão.

A empresa KF2 Engenharia e Consultoria é a responsável pelo Plano Regional de Macro e Microdrenagem, no qual constará mapeamento dos pontos críticos de enchentes e propostas de solução. Em 17 de janeiro, após três dias de levantamento, o Diário publicou pontos que desde os anos 2000 alagam toda vez que chove forte. O período de pouco mais de uma década e meia é justamente o tempo em que o Consórcio debate o tema com mais intensidade, mas nada de prático foi feito.

Procurado para comentar a prorrogação do contrato e acréscimo de valor, o gerente de infraestrutura e um dos proprietários da KF2 Engenharia, Fausto Batista, disse que as informações deveriam ser esclarecidas com o Consórcio.

Segundo a entidade, a decisão foi tomada após análise do Comitê de Programa Drenagem Urbana. “No decorrer da execução dos serviços, observou-se a necessidade de complementação dos estudos, a partir das visitas técnicas realizadas pela contratada. Entre os novos serviços previstos está o estudo hidrológico e hidráulico para os municípios que não possuem planos diretores específicos de drenagem urbana: Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires, Mauá e Diadema”, afirma, em nota.

Mesmo que o plano seja entregue no prazo, ações concretas não devem sair do papel neste ano eleitoral e com prazo para licitação e contratação menores. Ou seja, a solução para os alagamentos fica, no mínimo, para 2017. 




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