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Aiatolá iraquiano critica execução de clérigo xiita na Arábia Saudita
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03/01/2016 | 08:32
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O principal clérigo xiita do Iraque, o aiatolá Ali al-Sistani, reagiu negativamente à execução do xeque Nimr al-Nimr, um influente clérigo xiita da Arábia Saudita. Em comunicado publicado neste domingo, o aiatolá disse que o saudita era um "mártir" e estendeu suas condolências a outros do oeste da Arábia Saudita, onde está concentrada a minoria xiita do país.

Na manhã de ontem, o governo da Arábia Saudita executou 47 pessoas condenadas por terrorismo, entre eles Nimr al-Nimr, que tinha 56 anos. Ele fazia oposição à dinastia sunita Al-Saud, que manda no país desde a sua criação, em 1932. Na sua nota, Ali al-Sistani afirmou ainda "o sangue deles foi derramado de forma injusta e agressiva".

A morte do clérigo também causou indignação entre lideranças iranianas. A Guarda Revolucionária do Irã comparou a execução a ataques realizados pelo grupo extremista Estado Islâmico. "O ato medieval de selvageria da Arábia Saudita levará à queda da monarquia", diz comunicado. Os comentários da Guarda se assemelham aos do aiatolá Ali Khamenei, que também criticou fortemente a execução do xeque.

Manifestantes iranianos irritado com a execução de al-Nimr invadiram a embaixada da Arábia na manhã deste domingo, ateando fogo e jogando papéis do telhado.O presidente do Parlamento do Irã, Ali Larijani, afirmou que a execução de al-Nimr vai causar um "tumulto" na Arábia Saudita. Porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, Hossein Jaberi Ansari disse que a execução de al-Nimr "apenas mostra a profundidade da imprudência e da irresponsabilidade".

A execução ameaça aumentar as tensões sectárias entre os rivais regionais. A Arábia Saudita sunita e o Irã xiita já rivalizam hoje ao apoiar lados diferentes em guerras como a da Síria e a do Iêmen. Fonte: Associated Press.




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