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Empate com São Paulo afunda o Atlético-MG
Por Nelson Cilo
Do Diário do Grande ABC
03/11/2005 | 00:06
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O São Paulo voltou a cumprir rotina que interrompeu o embalo do time na temporada. O Atlético-MG também seguiu o ritual que o mantém na lanterna do Brasileiro. Portanto, o empate desta quarta-feira à noite (2 a 2) deu a exata dimensão daquilo que os torcedores puderam ver no Morumbi. O zagueiro Cáceres e o meia Marques marcaram para os mineiros. O atacante Roger e o goleiro Rogério Ceni garantiram a igualdade. O Tricolor (49 pontos) não saiu da faixa intermediária do campeonato. Agora, enfrenta o Juventude, sábado à tarde, em casa. O Galo tem apenas 34 e continua na beira do abismo da Série B. Na próxima rodada, recebe o Goiás no Mineirão.

Na etapa inicial, o Galo adotava um expediente bem previsível – os contragolpes. Não restava outra saída para quem, ameaçadíssimo pelo rebaixamento, encarava um rival reconhecidamente muito mais forte. O técnico Lori Sandri sabia que era fundamental atacar, mas nunca na base do sufoco e da falta de equilíbrio. Afinal, seria um risco oferecer-se às eventuais armadilhas que poderiam talvez pegá-lo de surpresa.

Na prática, porém, o Tricolor não se mostrava tão superior quanto poderia sugerir a teoria ensaiada pelo técnico Paulo Autuori para devolver a motivação de um elenco ligado no Mundial de Clubes. É verdade que o esquema ofensivo do treinador conseguia criar diversas chances. Só que o modelo do comandante falhava na pontaria, tropeçava no último toque. No entanto, a bola pesava nos pés dos visitantes, que ainda permanecem no fio da navalha do descenso. Aos 18 minutos, o Galo chegou lá, depois de longo cruzamento do combativo Marques pela esquerda. Rodrigo Fabri só teve o trabalho de ajeitar na cabeça do zagueiro Cáceres. O paraguaio, atento à jogada, subiu mais do que a desatenta zaga para concluir de cabeça – 1 a 0.

Ainda que avançasse desordenadamente, o São Paulo deixou tudo igual, aos 27, num escanteio cobrado pelo ala Cicinho. O centroavante Roger, também de cabeça, conferiu no ângulo – 1 a 1. O Atlético acordou de novo e, aos 29, Marques disparou da intermediária para soltar o chute pelo alto de Rogério Ceni – 2 a 1. O placar desfavorável assustava o São Paulo.

No segundo tempo, o Tricolor corrigiu algumas deficiências no combate, bloqueou convenientemente os espaços e, como já se esperar, truncou as raras iniciativas do Atlético, que insistia em recuar para buscar os contra-ataque. Logo aos nove minutos, o goleiro Rogério Ceni, ao converter uma das habituais faltas indefensáveis, mandou a cobrança no ângulo – 2 a 2. Aos 38, Amoroso desperdiçou. Aos 42, Denílson acertou na trave. O complicado árbitro Wilson de Souza Mendonça ignorou dois pênaltis – um para cada lado – cometidos em Josué (São Paulo) e Marques (Galo). Dois detalhes, enfim, mais do que suficientes para justificar o resultado muito mais ruim para o Atlético.




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