Memória Titulo
De olhos para Rio Grande da Serra. O Rio Grande de hoje e de sempre
Por Ademir Medici
06/11/2017 | 07:00
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 O Rio Grande da Serra que realiza o 14º Congresso de História do Grande ABC, de 10 a 12 de novembro, era um povoado razoavelmente desenvolvido em 1911 quando foi feita a bela foto de hoje, do acervo de Octavio David Filho, da Associação Pró-Memória de Ribeirão Pires.

Aqui está o armazém de secos e molhados do líder político José Maria de Figueiredo (1878-1935), vereador do município de São Bernardo entre 1926 e 1930, quando caiu com a revolução getulista.

Segundo a lista de impostos de indústrias e profissões de São Bernardo, a Estação Rio Grande se posicionava em quinto lugar. Perdia para a sede (Villa de São Bernardo), Estação (Santo André), Ribeirão Pires e Alto da Serra (Paranapiacaba). E recolhia mais impostos do que São Caetano, Pilar (Mauá) e Campo Grande, conforme números do exercício de 1909.

Alfredo Luiz Flaquer era o prefeito. E quem controlava o recebimento dos impostos era a Câmara Municipal de São Bernardo.

Em 1910 a Estação Rio Grande possuía 45 empresas, com nomes de pessoas físicas e com destaque para as remetentes de lenha.

José Maria de Figueiredo, além do armazém, possuía serraria a vapor, olaria e lidava com a remessa de lenha.

Eram vários outros armazéns de secos e molhados, em nome de Josephina Fortunata Pandolphi, Domingos Braciali, Salvador Gasso, Benedito Anacleto dos Santos, F. Biancola & Cia, Amaro Pires Martins, Phelippe José e Guilherme Pinto Monteiro.

Anselmo Pivette era ferreiro e carpinteiro.

Francisco Picardi, sapateiro.

Felício Rosa Spina, açougueiro.

Como diversão, a bocha, chamada de “jogo de bollas” (assim mesmo, com dois ‘Ls’), jogo mantido em vários armazéns – e cuja licença exigia pagamento de impostos.

Armazéns, vários deles, que lidavam também com o comércio de fazendas (tecidos) e ferragens.

 

OUTRO CENTRO

Estamos retratando aspectos da Estação Rio Grande do início do século passado (século 20).

A Represa Billings não havia sido formada.

O centro urbano da Estação Rio Grande esparramava-se pelo vale do Rio Grande, que seria o principal formador da represa.

E esses nomes do comércio e serviços que listamos na abertura da Memória respiravam o ar a ser respirado pelos pesquisadores da memória que viverão as emoções do 14º Congresso de História do Grande ABC, a partir de sexta-feira que vem – gente, faltam apenas quatro dias.

 

O 14º Congresso

Você ainda não se inscreveu para participar do 14º Congresso de História do Grande ABC?

Não tem importância. O Congresso começará sexta-feira, dia 10. E prosseguirá até domingo, dia 12. E a inscrição antecipada não é obrigatória. É só aparecer.

Local: Teatro Municipal de Rio Grande da Serra.

Endereço: Avenida Dom Pedro I, 428, Centro de Rio Grande da Serra.

Organização: Prefeitura do município de Rio Grande da Serra e Consórcio Intermunicipal do Grande ABC

Informações: www.consorcioabc.sp.gov.br

 

PROGRAMAÇÃO

Abertura oficial e homenagens na manhã de sexta-feira, dia 10

Conferência: José de Souza Martins, que desenvolverá o tema ‘As Escravidões Indígena e Negra na Região do Futuro Grande ABC: do Tijucuçu à Borda do Campo e a Estação do Rio Grande’; mediação: Cristina Toledo de Carvalho.

 

E MAIS

Durante os três dias haverá:

Oito mesas de debates

Seis exposições

Quatro rodas de conversa

Apresentações artísticas

Um roteiro de memória, com passeio no domingo pelos pontos culturais, históricos e paisagísticos de Rio Grande da Serra.

 

NOTA

Ao longo da semana Memória dará outros detalhes.

 

Diário há 30 anos

Sexta-feira, 6 de novembro de 1987 – ano 30, edição 6592

Manchete – Autolatina (VW e Ford) desafia o governo e aumenta veículos em até 28%

Santo André – Ambulantes voltam para as imediações da estação ferroviária; pedestres não têm vez no Centro da cidade.

São Caetano – Caso DAE já tem dez indiciados na Polícia.

Diadema – Greve do prefeito Gilson Menezes pode terminar; Cetesb liberou a continuidade das obras da usina de reciclagem de lixo no Jardim Inamar.

Memória – Chapa preta de São Caetano. Os contrários à autonomia queriam que o subdistrito continuasse ligado a Santo André. Destacavam, em seu material publicitário, as indústrias locais. Mas procuravam revelar que, independentemente, São Caetano não teria futuro e permaneceria escravo de sua própria liberdade.

Polícia – Acidente fere crianças no parque de diversões instalado no bairro Jordanópolis, em São Bernardo.

 

Em 6 de novembro de...

1892 – Inaugurado o Viaduto do Chá, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo.

1917 – O Brasil na guerra. Do noticiário do Estadão: a fiscalização dos bancos alemães; estudantes ocupam um colégio alemão em Belo Horizonte e o entregam ao governo de Minas.

1972 – Loja Nipon, de Santo André, é inaugurada na Rua Coronel Oliveira Lima, 383.

1977 – Estreiam duas novas histórias em quadrinhos no Diário: Ramses, o egípcio, e o Torpedo.

 

Hoje

Dia Nacional do Riso

Dia Nacional do Amigo da Marinha do Brasil

 

Santos do Dia

Leonardo de Limoges

Bv. Bárbara Maix

Ático

 

Municípios Brasileiros

Celebram seus aniversários em 6 de novembro:

No Pará, Altamira

No Paraná, Antonina

Em Santa Catarina, Antonio Carlos e Governador Celso Ramos

No Rio Grande do Sul, Arroio do Tigre

No Ceará, Morrinhos

Em Minas Gerais, Poços de Caldas, fundado em 6 de novembro de 1872. Fonte: IBGE




Comentários

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