Ex-prefeiturável por Rio Grande da Serra, Claudinho da Geladeira admitiu deixar o PT, mas quer aguardar desfecho de ação eleitoral que moveu contra o prefeito Gabriel Maranhão (PSDB) por abuso de poder político, embora o tucano já tenha escapado da cassação de seu mandato em duas instâncias eleitorais.

Xodó do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de 2012, em sua primeira derrota para Maranhão, Claudinho foi escanteado pelo PT desde então. Ficou como coordenador regional, mas quem dava as cartas no partido no Grande ABC era o ex-prefeito Luiz Marinho (PT), de São Bernardo. Após nova derrota – juntamente com revés do petismo na Região Metropolitana –, Claudinho foi esquecido de vez pelas principais lideranças nas sete cidades.

Após perder para Maranhão em 2016, Claudinho recorreu à Justiça Eleitoral dizendo que o prefeito promoveu reforma na Paróquia São Sebastião, no Centro, em meio à campanha e com maquinários da Prefeitura, o que desequilibrou o pleito. Em primeira e segunda instâncias Maranhão foi multado, porém manteve o mandato. O petista recorreu ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e aguarda reconsideração na instância máxima.

“Se a gente assumir no segundo lugar, vamos ter que estar no partido, caso (Maranhão) perca o mandato”, disse Claudinho, para quem a punição ao tucano foi “branda”. “Queremos a pena máxima, com cassação do mandato e perda dos direitos políticos, por oito anos.”

Apesar disso, Claudinho admitiu sondagens de outras legendas e não descartou deixar o petismo se sua ação eleitoral fracassar. PTB, PPS, Rede e PDT aparecem como alternativas ao ex-coordenador regional do petismo – o posto é ocupado atualmente por Carlos Grana (PT), ex-prefeito de Santo André. “Mas não tem nada definido ainda”. Conforme Claudinho, há possibilidade de ele sair candidato a deputado no ano que vem, porém essa chance segue como especulação.

Em Ribeirão, tucano prega oposição racional a Kiko

Eleito presidente do PSDB de Ribeirão Pires, Erino Siviero Júnior afirmou que a meta da legenda é fazer oposição consciente e racional ao prefeito Adler Kiko Teixeira (PSB)

“A nossa função é estar ao lado do que é melhor para o partido e, principalmente, para a população. Temos um vereador na Câmara (João Lessa), que tem liberdade para tomar as decisões de momento. Não faremos uma simples oposição, mas com responsabilidade. O que (o governo) fizer de bom, vamos aplaudir”, comentou Erino.

Em 2016, o PSDB apoiou a candidatura do ex-vice-prefeito Edinaldo de Menezes (PPS) – Rosi de Marco (PSDB) foi número dois na chapa derrotada por Kiko.

De acordo com Erino, o partido debate a condução do mandato com Lessa, mas o permite tomar decisões por conta própria, principalmente na hora de analisar projetos que descem do Executivo para o plenário do Legislativo da cidade. “Ele tem todo direito de ser a favor ou contra, dependendo do momento.”

Sobre a eleição do ano que vem, Erino declarou que qualquer definição na cidade ocorrerá só após a convenção estadual do PSDB, marcada para este mês.