Setecidades Titulo Ribeirão Pires
Moradores esperam poda de árvores

Há oito meses, dois eucaliptos geram dor de cabeça aos vizinhos no Parque das Fontes

Por Bianca Barbosa
Especial para o Diário
25/07/2018 | 07:00
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 A falta de poda em duas árvores, em terreno aberto da Rua Goiás, no Parque das Fontes, em Ribeirão Pires, tem preocupado a vizinhança. Além da grande quantidade de folhas, que entopem calhas e bueiros, a apreensão maior fica pelo risco causado pela queda de grandes galhos, que quebram telhados e podem até cair em cima de pessoas.

O eucalipto é uma árvore de grande dimensão, com até 55 metros de altura. Um galho do vegetal pode causar grandes estragos, como já ocorreu na casa da fotógrafa Adriana de Paula Mori Mariano, 38 anos. Ela relatou que por diversas vezes precisou trocar telhas. “Já perdi a conta de quantas telhas trocamos, pior que parte das duas árvores fica em cima da minha casa.”

Moradora do local há pouco mais de um ano, Adriana coleciona histórias sobre as árvores. “Outra vez um galho caiu e ficou entre o muro e o telhado. Meu marido precisou retirá-lo, por medo de cair em cima da nossa filha de 3 anos.” Segundo a mulher, como o terreno é aberto, facilita o descarte de lixo no local. “Encontramos uma cobra de meio metro aqui dentro de casa, além de ratos. Acreditamos que tenham vindo do terreno.”

Algumas casas mais para baixo, a dona de casa Severina Maria da Silva, 81, varria folhas no quintal enquanto cuidava da neta. “Moro aqui há sete anos, e todo dia é a mesma coisa. Se não varro, o chão fica coberto de folhas.” Por semana, diz recolher até dois sacos de folhagem. “Tenho tempo de ficar recolhendo, mas as outras pessoas sofrem mais. No outono, quando as folhas caem mais, é terrível”, relatou.

A vizinha de frente, Selma Vaz Cândido Ferreira, 49, é agente de pedágio e reclamou também do mato que toma conta do terreno. “Meu filho estava brincando com uma de nossas cachorrinhas e chamou o pai dele para ver os carrapatos que ele tinha encontrado nelas. Era daqueles carrapatos-estrela, perigosíssimos”, exclamou. O portão de entrada da casa da agente fica bem do lado de uma quantidade enorme de mato, que sai do terreno e cai na calçada.

Em novembro de 2017, a Prefeitura respondeu, em reportagem sobre os mesmos problemas, que tinha encaminhado o caso para a Defesa Civil, que faria vistoria no local. Ontem, a equipe do Diário entrou em contato com a Prefeitura, oito meses depois da ultima matéria, para saber por que a situação não havia mudado, mas até o fechamento desta edição não houve resposta.




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