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Poupança tem arrecadação recorde
Michele Loureiro
Do Diário do Grande ABC
09/09/2008 | 07:04
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Recorde. Essa é a definição de especialistas sobre a arrecadação da poupança no mês de agosto. O total nacional foi de R$ 1,26 bilhão, o Grande ABC contribuiu com pouco mais de R$ 20 milhões para o montante.

Com este resultado, a CEF (Caixa Econômica Federal) atingiu o total de R$ 7,37 bilhões de captação líquida positiva em 2008, alcançando a marca de R$ 86,5 bilhões em depósitos nessa modalidade.

Acompanhando a tendência de alta, de janeiro a agosto, a arrecadação total da região foi de R$ 250 milhões.

Estes são os maiores números de toda a arrecadação com poupança que a Caixa já registrou. "Podemos explicar o fenômeno com a recuperação de renda da população. Mais pessoas estão conseguindo quitar as dívidas e ainda guardar um pouco na poupança", explica o gerente regional de pessoa física da CEF, Edvaldo Contin.

Para ele, o cenário econômico positivo, com o desemprego em queda, explica o aumento. "Em comparação com o mesmo período do ano passado, o Grande ABC registra um aumento de 6% na arrecadação. Em 2007, até agosto, foram contabilizados R$ 235 milhões", diz Contin.

Em apenas sete dias, de 1º a 8 de setembro, a região já arrecadou R$ 28 milhões.

FUNDO DE GARANTIA - Um fenômeno registrado no Grande ABC chama a atenção dos funcionários da CEF. Cerca de 60% dos trabalhadores que vão sacar o fundo de garantia acabam deixando uma quantia do pagamento investida na poupança. "Há alguns anos a maioria das pessoas usava o fundo de garantia exclusivamente para quitar dívidas, mas o cenário mudou. Eles preferem investir e ter a segurança do dinheiro bem empregado", comenta o gerente.

O aumento da arrecadação da poupança se deve principalmente ao crescimento de participação das pessoas de baixa renda. "Há uma nova modalidade sendo criada, atualmente se guarda o dinheiro para depois pensar no que investir. A maioria deixa o dinheiro empregado por seis meses, depois gasta com a reforma da casa, troca do carro e viagens planejadas", analisa Contin.

A continuidade no crescimento é certeza para o gerente, que aposta em novos recordes. "Com a aproximação do final do ano começam os pagamentos de 13º salários, abonos do INSS, e outras arrecadações, uma boa fatia disso ficará na poupança, é a tendência atual", diz.




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