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Polícia planeja ação conjunta contra roubos

Mapeamento de lugares críticos ajudará a definir estratégia

Por Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
07/12/2011 | 07:00
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O aumento de 6,3% nos casos de roubos (seja de carro, objetos e casas) no Grande ABC de janeiro a outubro deste ano, comparado ao mesmo período em 2010, segundo as estatísticas divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública, deverá cair em 2012. Comandante da Polícia Militar na região, o coronel Roberval França diz que ações conjuntas com a Civil e as guardas municipais, além de reforçar as rondas em locais tidos como críticos, são as armas para inibir os criminosos.

"Há esforço muito grande para isso", garantiu França. Segundo dados da polícia, apesar de os números serem altos, já houve queda de 40% nos roubos no ano. Em julho, o mês mais crítico, foram registrados 1.866 casos.

A expectativa é de pouco mais de 1.400 assaltos em dezembro. O Grande ABC registra média de dez criminosos presos por dia.

Para ele, o bom resultado só foi possível graças aos investimentos em tecnologia e equipamentos feitos pela SSP e à chegada de cerca de 500 novos policiais às corporações da região.

CRÍTICAS

Apesar de a Polícia Militar contar com cerca de 4.000 homens no Grande ABC e a região ser a primeira a completar o efetivo previsto em planejamento da SSP, o número ainda é pouco para especialistas. Benedito Mariano, coordenador do Grupo de Trabalho de Segurança do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, diz que ainda há deficit na demanda por militares. "Precisamos de policiamento mais ostensivo. E de mais 1.000 homens na região para diminuirmos drasticamente os crimes."

A Organização das Nações Unidas recomenda que a média seja de um policial para cada 250 habitantes. Na região, o número é de 647. No Estado, são 392 pessoas para cada militar. França minimiza. "A primeira impressão é de que as coisas precisam ser resolvidas com mais homens, mas o contingente nunca foi tão grande. Contamos com 5% do efetivo da corporação no Grande ABC."

O coronel diz que basta as polícias estarem nos lugares certos. "Temos de intensificar a inteligência com a Civil. Já fazemos isso estando presentes nos principais corredores e operações bem organizadas", apontou.

Um dos passos mais importantes é conter a migração do crime, evitando que bandidos da Capital ou Litoral atuem na região. As conversas com o policiamento paulistano são constantes. "Temos mapeamento dos locais mais problemáticos para ações mais especializadas, em conjunto", disse Rafael Rabinovici, delegado seccional de São Bernardo.




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