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Após 95 dias, Valdirene consegue sair da cadeia
Por Fabrício Calado Moreira
Do Diário do Grande ABC
05/01/2006 | 08:20
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Valdirene Dardin está livre desde quarta-feira, após 95 dias encarcerada. Segundo a família, o TJ (Tribunal de Justiça) decidiu, por unanimidade, conceder o habeas-corpus à ex-secretária de Finanças de Mauá, acusada de retirar R$ 230 mil em sacolas de supermercado de conta da Prefeitura no banco Santander/Banespa. Agora, Valdirene poderá responder em liberdade ao processo.

Segundo Ive Silvestre Sforsin, prima de Valdirene e porta-voz da família, o pedido acabou sendo julgado mais rápido do que os familiares esperavam. "Para a gente, foi uma surpresa", revela. O responsável pelo julgamento do pedido foi o desembargador Souza Nery. A sessão que aprovou por três votos a zero que a ex-secretária respondesse em liberdade ao processo que corre contra ela terminou por volta de 10h. O juiz da 6ªVara de Mauá, Dirceu Brisolla Geraldini, foi comunicado e expediu o alvará de soltura, que foi encaminhado às 14h para São Bernardo – onde Valdirene estava detida – e repassado para Barueri, para onde a ex-secretária foi transferida na semana passada.

Valdirene passou o dia de quarta-feira no apartamento onde reside em São Caetano, com familiares mais próximos, como Ive e a mãe, Maria Célia Dardin, de 61 anos. Hoje, ela descansa e pretende encontrar o tio José Roberto Drummond, o Betinho, de 53 anos, portador de Síndrome de Down e apegado à ex-secretária. Segundo a família, Betinho nunca assimilou a prisão de Valdirene e não entendia a ausência dela.

Desde 30 de setembro de 2005, Valdirene está presa preventivamente aguardando o julgamento, que tramita na 6ªVara de Mauá, cujo juiz Geraldini decretou a prisão em 21 de setembro do ano passado, acolhendo denúncia dos promotores do Ministério Público contra a ex-secretária por peculato (apropriação de bem público).

Em 26 de dezembro, o TJ (Tribunal de Justiça) sorteou os pedidos que seriam julgados neste mês. Entre eles, constava o de habeas-corpus de Valdirene.

Na semana passada, o encarregado da defesa da ex-secretária, Roberto Delmanto Júnior, conseguiu a transferência dela da ala feminina do 7º DP, de São Bernardo, para a cadeia de Barueri. A alegação foi de superlotação em São Bernardo e que Valdirene deveria ficar em uma cela especial, por ter curso superior. Na nova cadeia, onde ficou por pouco menos de uma semana, a ex-secretária pôde dormir em uma cama de alvenaria, com direito a colchão.

A família de Valdirene, que comemorou a transferência, não teve tempo de visitá-la em Barueri. O dia de visitas é sexta-feira.




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