Moradores de conjunto residencial localizado na Avenida Industrial, bairro Jardim, em Santo André, reclamam do barulho decorrente da circulação de trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) no período noturno – o transporte coletivo funciona das 4h até a meia-noite de segunda a sexta-feira e, aos sábados, até 1h. Os três blocos de apartamentos do condomínio estão localizados próximos à linha férrea, entre as estações Prefeito Saladino e Celso Daniel da Linha 10-Turquesa. O apelo dos cerca de 6.000 munícipes é para que a companhia adote medidas capazes de reduzir o ruído.

A comunidade alega que desde a entrega do condomínio, há cerca de três anos, existe diálogo entre o síndico e representantes da CPTM na tentativa de amenizar os trantornos. Os moradores chegaram a sugerir à companhia que reduzisse a velocidade de circulação das composições no trecho da Linha 10-Turquesa entre as estações Prefeito Saladino e Celso Daniel. “Por um tempo isso funcionou, mas, depois, ficou esquecido”, destaca o aposentado Antônio Stranieri Filho, 63 anos, que mora com a mulher, Maria Cristina Stranieri, 57, e filho de 25 anos na torre mais próxima da linha férrea.

Na tentativa de diminuir o barulho, alguns moradores colocaram janela com sistemas antirruídos, fecharam as sacadas com vidros e chegam a utiliza protetores auriculares para conseguir dormir.

Auxiliar administrativa, Kelly Zamproni, 40, diz que o barulho incomoda até mesmo nos blocos mais distantes da linha férrea. “Acho que já acostumei com o som, mas é irritante. Quando chove, ameniza o barulho”, conta.

Por meio de nota, a CPTM informou que adota mecanismos para atenuação do ruído, incluindo o desenvolvimento de projetos. A companhia destacou ainda que o decreto federal 1.832, de 1996, determina que o responsável pelo empreendimento assuma os encargos decorrentes da construção e manutenção das instalações necessárias para que o barulho seja minimizado. 

A Tegra Incorporadora, responsável pelo residencial, não retornou até o fechamento desta edição.