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Colegas lamentam morte de PM em São Bernardo

Cerca de 300 pessoas compareceram ao enterro da policial militar encontrada morta ontem

Aline Melo
Daniel Macário
Marília Montich
Do Diário do Grande ABC
07/08/2018 | 08:53
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Aline Melo/DGABC


Atualizado às 17h24

Cerca de 300 pessoas entre parentes, amigos e colegas da Polícia Militar foram se despedir da PM Juliane dos Santos Duarte, 27 anos, moradora de São Bernardo, encontrada morta na segunda-feira (6), em São Paulo. O velório e enterro aconteceram no Cemitério da Vila Euclides.

Entre os colegas de farda, o clima era de tristeza e consternação. Juliane foi descrita como ótima pessoa e policial, sempre disposta a ajudar os amigos. A família não quis falar com a imprensa. Mais cedo, o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, compareceu ao velório.

Na tarde de hoje, um dos suspeitos de participação no assassinato foi preso pela polícia. O caso está sendo investigado pela DHPP (Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa).

O caso - A policial militar foi vista pela última vez na quinta-feira (2) na favela de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, após encontrar amigos em um bar na comunidade.
De acordo com testemunhas, momentos antes do desaparecimento, Juliane teria ido ao banheiro do bar e, quando voltou, percebeu uma movimentação estranha no estabelecimento. Na ocasião, o celular de um rapaz que também estava no bar teria sido furtado.
Neste momento, Juliane teria, então, sacado a arma e se identificado como soldado da Polícia Militar. Após o episódio, quatro indivíduos teriam ido ao estabelecimento e questionado quem era a policial. Ao se manifestar, ela teria sido baleada duas vezes e levada pelo grupo.
Desde o desaparecimento, as equipes das polícias Civil e Militar realizavam buscas no entorno do estabelecimento. Na sexta-feira, após denúncia via o telefone 190, os agentes localizaram a moto da PM no bairro de Pinheiros. Um homem foi detido suspeito de participação no desaparecimento da policial. Embora ainda não tenha sido comprovado seu envolvimento, ele permaneceu preso por porte ilegal de arma.

Nota de pesar - A Comissão da Infância e Juventude do Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana) lamentou o assassinato da policial. Em nota, eles repudiaram o crime. “Como defensores de direitos humanos, defendemos principalmente o direito à vida e lutamos contra qualquer forma de violência, injustiça e discriminação. O desaparecimento e a morte da PM Juliane faz parte de um contexto de crescente violência urbana e insegurança pública. O ataque contra a jovem servidora da segurança pública é um ataque contra o Estado de Direito e contra todos que defendem a legalidade, a Justiça e os Direitos Humanos.”




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