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Escola Livre de Teatro protesta salários atrasados

Sem receber desde dezembro, docentes se preocupam com desmantelamento do ensino

Daniela Pegoraro
13/03/2018 | 07:00
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A ELT (Escola Livre de Teatro de Santo André) passa por dificuldades. Desde dezembro os professores não têm recebido pagamento. Além disso, contam que foram avisados que no meio do ano a forma de contratação terá mudanças. Diante desses descontentamentos, a coordenação decidiu suspender as aulas, e ontem foi realizado ato na Prefeitura com cerca de 50 pessoas, entre alunos e professores.

O objetivo da manifestação é de levar a Secretária de Cultura até a escola para discussão. “A gente precisa saber qual o projeto deles para nós neste ano”, comenta a coordenadora pedagógica Patrícia Gifford. “Como uma escola começa com os profissionais sabendo que no meio do ano as coisas vão mudar?”, acrescenta.

Hoje, os professores são contratados por meio da Cooperativa Paulista de Teatro. A mudança da Prefeitura, segundo Patrícia, consiste em contratar os profissionais individualmente e diretamente, algo que, segundo a Prefeitura, deve mesmo ocorrer.

Procurada pelo Diário, a secretária de Cultura de Santo André, Simone Zárate, confirmou que os salários estão atrasados, de fato. Ela conta que, por conta dos valores do IPTU na cidade, que foram aumentados e depois passaram por processo de revisão, o orçamento está emperrado desde o início do ano.

Após reunião de orçamento, o Paço informou na tarde de ontem que foram liquidadas faturas com vencimento até o início de janeiro deste ano. “Os vencimentos após esta data estão com pagamento a serem processados de acordo com o fluxo financeiro da Prefeitura. O atraso nos pagamentos não é exclusivo dos profissionais que prestam serviços nas escolas livres, mas afeta todos os fornecedores da administração municipal”.

Sobre o processo pedagógico, o Paço esclarece que qualquer mudança a ser proposta não acontecerá de forma abrupta, e sim por meio de ampla discussão com todos os envolvidos. “As Escolas Livres (Teatro, Cinema e Vídeo e Dança) hoje atuam de forma isolada, sem projeto pedagógico comum. A intenção é colocar em pauta a discussão deste projeto integrado que fortalecerá o conceito ‘Escola Livre’ e qualificará a oferta aos alunos, que poderão ter uma experiência mais rica de aprendizado através da vivência das diversas linguagens.”

Segundo a aluna Carina Bessa, na Escola Livre de Cinema, por conta da mudança de professores de tempos em tempos, um curso acaba ficando esquecido, sem continuidade. Além de as contratações acontecerem, segundo ela, próximo ao início das aulas. 




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