São Bernardo inaugurou ontem, após dois anos do fim da construção do Trecho Sul do Rodoanel, a primeira obra de compensação ambiental da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A). O Viveiro Escola custou R$ 150 mil e vai produzir 50 mil mudas nativas da Mata Atlântica, além de frutas. O espaço fica na Cidade dos Direitos da Criança e do Adolescente, no bairro Assunção.

O prefeito Luiz Marinho (PT) criticou a demora na entrega desse e de outros projetos. "Faltou dedicação do governo do Estado. Se tivesse liberado o recurso, os projetos teriam sido entregues há tempos", alfineta. O prefeito se refere à criação do Parque do Riacho Grande, do Parque de Unidade de Conservação Ambiental, no Jardim Represa, e recapeamento em 23 quilômetros de vias, como as estradas do Montanhão, Ribeirão do Soldado, Galvão Bueno e Avenida Ângelo Demarchi.

De acordo com a Dersa, o Parque Riacho Grande está em negociação para transferência de área à Prefeitura. Após finalizado o processo, caberá à administração a gestão.

Na região, outra obra de compensação prometida pela autarquia fica no Parque do Pedroso, em Santo André. No local a Dersa já executou o cercamento completo, a retirada de sete famílias que moravam em seu interior, adquiriu equipamentos e veículos para a fiscalização do parque, restando apenas a execução das obras de infraestrutura, que estão em fase de licitação. Em 2010, foram entregues obras na Estrada da Soma, na Rua Eduardo Valeriano Nardelli e na Avenida Vereador Aroldo A. Neves, em Ribeirão Pires. Ainda segundo a autarquia estadual, todas as mudas referentes ao plantio compensatório de 1.016 hectares foram plantadas nos municípios atingidos pelas obras.

VIVEIRO

As mudas produzidas pelo Viveiro Escola serão replantadas em áreas degradadas do município. Além disso, o espaço servirá como local de visitação de escolas municipais para despertar a consciência ambiental.

Durante a inauguração, Marinho afirmou que recebeu há cerca de 15 dias a informação de que as águas do Rio Pinheiros estavam sendo bombeadas para a Billings clandestinamente durante as madrugadas. De acordo com a Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), o bombeamento acontece somente para o controle de cheias e pode ocorrer em qualquer período do dia. A empresa não informou se a prática está sendo aplicada nos últimos dias.