Os soldados da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na Macedônia começaram nesta segunda-feira a recolher as armas da guerrilha albanesa do Exército da Libertação Nacional (UCK). A situação na região se tornou mais tensa depois da morte de um soldado britânico e dos protestos do governo macedônico, que continua não concordando com o número previsto para a coleta.

O primeiro posto de coleta de armas foi instalado nesta segunda-feira de manhã, próximo do povoado de Matejce, no Norte da Macedônia.

Os primeiros combatentes do UCK entregaram suas armas em grupo. "Não houve desfile. Vieram em grupos para entregar suas armas, em sua maioria fuzis AK47 e fuzis metralhadoras", declarou o porta-voz do contingente francês, comandante Hervé Fouilland.

Os responsáveis da missão "Colheita Essencial" prometeram que a Otan levaria adiante sua missão, apesar da morte do soldado, Ian Collins, atingido por um bloco de cimento lançado contra seu veículo, próximo de Skopje.

O general britânico Barney White-Spunney, um dos comandantes da operação, afirmou que "este lamentável acontecimento não diminuiu a determinação" da Otan a continuar sua missão na Macedônia.

Depois de um final de semana de negociações, a Otan decidiu dar início a sua missão sem um acordo com o governo macedônio, que deseja que a missão internacional recolha um número maior de armas dos rebeldes. "O número da Otan não é sério, só vai incentivá-los a guardar as armas e continuar a guerra", avaliou no domingo o porta-voz do governo da Macedônia.