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ACM volta a atacar Temer e o chama de 'desonesto'
Do Diário do Grande ABC
15/06/1999 | 10:45
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O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhaes, disse há pouco, que a briga com o presidente da Câmara, Michel Temer, ainda nao acabou. Sobre a insinuaçao de Temer em relaçao às ligaçoes de ACM com o ex-banqueiro Angelo Calmon de Sá, na presidência do banco Econômico à época da intervençao pelo Banco Central, o presidente do Senado disse que nao se dá com o ex-banqueiro. Disse que tem, inclusive um processo contra ele. "Se realmente o Angelo é desonesto, o lugar dele nao é comigo, é com o Temer", afirmou ACM.

O senador voltou a acusar Temer de ter interesses suspeitos em relaçao à administraçao do Porto de Santos. ACM disse que, se alguém tivesse que fazer política no Porto de Santos - coisa que ele nao acha que deveria ser feita - seria o governador do estado de Sao Paulo, Mário Covas, que tem ligaçao com a regiao.

"Se abrir um inquérito (do Porto de Santos) Temer ficará péssimo", disse ACM, insinuando que o presidente da Câmara interferiu na nomeaçao de administradores que tiveram gestao suspeita. "Temer nao abre mao do cargo", disse.

Segundo o senador, é preciso saber o motivo das pessoas lutarem por cargos na Receita, em diretorias da Petrobrás e nas Docas de Santos.

ACM disse que a briga com Temer nao prejudica o presidente Fernando Henrique Cardoso. A viagem que ele e Temer farao a Portugal quarta-feira juntos nao ajudará na reconciliaçao entre os dois. "Se nao existe (uma conciliaçao) em terra, como é que vai existir no ar?".

Classista - Em resposta à crítica feita ontem pelo presidente do Conselho Federal da OAB, Reginaldo Castro, que disse em tom de ironia que a reforma do Judiciário acabaria sendo feita por médicos e veterinários, o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhaes, disse que a ordem está defendendo interesses corporativos e nao quer melhorar o Brasil. "A Justiça do Trabalho do juiz Nicolau e muitos outros nao precisa continuar", disse, referindo-se ao ex-presidente do TRT de Sao Paulo, Nicolau dos Santos Neto. "É preciso acabar com a farsa de criar juiz conciliador para substituir os classistas. Isso deve ter a repulsa do Brasil e da imprensa", disse.




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