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Seleção de Gramado se destaca pela originalidade
10/08/2010 | 07:04
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Talvez seja o aspecto mais interessante desta seleção de Gramado. Os filmes começam a se suceder e nenhum se parece a outro. Só que, à originalidade, se superpõe a peculiaridade de cada projeto.

Do Brasil veio, no sábado à noite, um thriller que não é bem um thriller, mas um quebra-cabeça, de Eduardo Vaisman. O longa 180 Graus é sobre o triângulo amoroso formado pela dona de uma editora, o ex dela, jornalista, que virou produtor de laranjas, e o atual namorado, que escreveu um livro de sucesso.

O livro teve origem em uma caderneta de anotações que o cara encontrou. Lá pelas tantas, vira um drama - a caderneta aponta para um plágio, mas ele não copiou. Criou um universo a partir de nada. O problema é que os fios vão desvendando uma suspeita sobre a tal caderneta. A quem pertencia? Como e por que foi parar nas mãos do escritor? E por que ninguém fala nada? Por que todo mundo oculta, mente?

Embora seja frágil e até nulo como thriller, o filme tem um aspecto interessante como produção. É de baixo orçamento feito com tanto capricho que parece mais caro do que realmente custou. E os personagens são todos podres como as laranjas putrefatas, caídas ao solo. Pode-se ver no filme desejo do diretor Vasman de refletir sobre os laranjas, esses personagens que, nos últimos anos, estão cada vez mais frequentes na vida política brasileira.

O outro brasileiro, domingo à noite, surgiu de uma proposta bem distinta. Misto de ficção e documentário, O Último Romance de Balzac, de Geraldo Sarno, especula sobre um livro inacabado do escritor francês Honoré de Balzac que teria sido completado por meio da psicografia. Foi em 1965 que Waldo Vieira, que havia trabalhado com Chico Xavier, psicografou Cristo Espera por Ti, que teria sido ditado pelo espírito de Balzac. O filme entrevista o psicólogo que se dedicou a estudar o romance e a investigar sua veracidade.




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