A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) apresenta hoje os números de vendas e produção do País em julho. O resultado deve acompanhar os dados divulgados pela Fenabrave (entidade que reúne os revendedores), que apontou 284 mil veículos emplacados no mês passado, o segundo melhor do ano.

O presidente da Anfavea, Jackson Schneider, deve manter a projeção de crescimento estimado pela entidade neste ano: três milhões de unidades, que representam crescimento de 6,4% sobre as 2,850 milhões emplacadas em 2008.

No primeiro trimestre, ainda sob as incertezas da crise, a Anfavea tinha projeção negativa. Era esperada queda de 3,9%, com 2,710 milhões de veículos.

A volta do crédito e da confiança do consumidor, e, principalmente, a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), fizeram com que as vendas se recuperassem ainda no primeiro trimestre. Com isso, a Anfavea pôde refazer uma projeção bem mais animadora.

Nem todos os analistas da indústria automobilística, entretanto, concordam com o otimismo da Anfavea. Ex-presidente da entidade e ex-vice-presidente da GM, André Beer considera que o mercado pode se estabilizar num patamar mais baixo com a volta gradual da cobrança do imposto a partir de outubro.

Para ele, os emplacamentos tendem a encerrar 2009 no mesmo patamar de 2008. A produção deve encerrar o ano com 10% de queda e 3,2 milhões de unidades.