Política Titulo Braço de ferro
Carlos Grana e G-12 medem
força, mas ninguém vence

Prefeito de Sto.André e oposição fazem acordo para liberar
auxílio-aluguel; valor liberado em consenso será de R$ 465

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
27/02/2013 | 06:56
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Não houve vencedores no primeiro braço de ferro entre o governo do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), e o G-12 (formado pelos 12 vereadores de oposição à gestão petista). Tanto Executivo quanto Legislativo cederam no projeto do aluguel social e chegaram ao valor consensual de R$ 465.

A quantia é R$ 15 menor da sugerida pelo bloco opositor e também R$ 15 maior do que a apresentada por Grana à Casa no início do mês. O meio termo foi acordado na quinta-feira, quando o prefeito recebeu os 12 parlamentares, e foi ratificado ontem.

O novo texto foi aprovado em primeira discussão por unanimidade e retorna à pauta do Legislativo amanhã, para receber o segundo crivo dos parlamentares. Assim que for referendado pela Câmara, segue para publicação oficial, com assinatura de Grana.

"Houve bom-senso do governo e nosso. Eles tiveram sensibilidade de aumentar o índice. Mostramos que era possível", afirmou Luiz Zacarias (PTB), integrante do G-12.

Grana avaliou como "positivo" o primeiro embate com a Câmara, elogiou as emendas apresentadas e disse que "no primeiro teste o diálogo acabou prevalecendo".

Além da mudança no valor do aluguel social, o G-12 conseguiu emplacar emenda que determina ao Executivo encaminhar semestralmente prestação de contas da destinação do benefício. A documentação deve conter valores despendidos e famílias atendidas.

"Com essa relação, exerceremos o papel de fiscalização", defendeu Donizeti Pereira, presidente do Legislativo, que sustentou também a discussão para majoração do auxílio moradia. "Melhoramos os valores, mas ainda estamos defasados de algumas cidades, como Diadema (que no ano passado aprovou projeto de bolsa aluguel em até R$ 500). Há espaço para aumentar."

Segundo Grana, o governo está disposto a debater acréscimos anuais no benefício. "Temos no Brasil a inflação e nem sempre os salários são corrigidos dentro dos índices. A cada ano (o reajuste) é uma possibilidade."

A projeção da gestão petista é beneficiar cerca de 700 famílias. Até o ano passado, a Prefeitura cedia R$ 380, índice que não foi corrigido durante quatro anos do mandato de Aidan Ravin (PTB) à frente do Paço andreense. O texto atual também possibilita à família encontrar imóveis fora de Santo André e, nos casos de quem mora com parentes, até recolher o dinheiro para auxiliar nas despesas.

"Queremos fazer um programa de Habitação sério e o primeiro passo foi dado, que é o aumento do aluguel social", projetou Grana.

 

 




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