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Rodoanel faz disparar preço de terrenos

Construção do trecho Sul do Rodoanel aumentou demanda por áreas próximas ao anel viário no ABC

Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
21/06/2008 | 07:00
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A construção do trecho Sul do Rodoanel (que deverá estar concluído no final de 2009, segundo o governo estadual) intensificou a demanda das empresas por áreas nas proximidades do anel viário no Grande ABC e provocou expressiva valorização dos terrenos locais.

Até o ano passado, áreas do entorno registravam valorização de até 200% em três anos (antes do início das obras). Atualmente, os preços dobraram mais uma vez.

No bairro do Sertãozinho, em Mauá, por exemplo, estima-se que há quatro anos o terreno custava em média R$ 50 o m². Em 2007, o preço médio pulou para R$ 150 e hoje está na casa dos R$ 300 o m², podendo ser até caro (perto dos R$ 400), nas proximidades da avenida Papa João XXIII, que faz parte do traçado do anel viário. "Houve uma grande alta por conta do Rodoanel e também pelo zoneamento favorável", afirma o empresário do ramo imobiliário Paulo Bio. São 11 milhões de m² no Sertãozinho com zoneamento específico para indústrias.

Segundo o empresário Flávio Martins, sócio da MM Imóveis, a valorização ocorreu também em cidades no Interior, que terão benefícios para o escoamento de produtos em função do Rodoanel.

Martins cita Sumaré, a 100 km da Capital. Há cinco anos, um terreno para uso industrial era avaliado, em média, a R$ 15 a R$ 20 o m² e atualmente tem custo na faixa de R$ 120 (aumento de 500%); e Santana do Parnaíba, cujo valor das áreas subiu de R$ 50 para R$ 130 nesse período (160%).

O mesmo ocorreu no Grande ABC. Em São Bernardo, no bairro Cooperativa, o custo de terrenos girava em R$ 20 o m² há cinco anos e hoje chega a estimados R$ 250 o m², segundo a prefeitura do município.

O secretário de Desenvolvimento de São Bernardo, Fernando Longo, afirma que tem havido procura mesmo em áreas de mananciais, como Riacho Grande - a legislação exige a uso de apenas 15% do terreno adquirido para construção de fábrica nessas áreas.

Houve valorização também em Santo André. "Há cinco anos, fechamos um negócio por R$ 200 o m² na avenida Industrial. Agora, fechei um contrato na mesma avenida por R$ 630 o m²", disse Martins.

Segundo Eduardo de Abreu, diretor da Racec Participações, em Diadema em um ano as áreas passaram de R$ 120 o m² para R$ 300 o m² e já faltam terrenos no município para atender às indústrias.




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