Após a Prefeitura de Santo André cobrar melhora na manutenção da iluminação pública, a terceirizada responsável pelo serviço, a empresa Terwan, ampliou o número de equipes à disposição da população. A meta é reduzir o número de lâmpadas queimadas e dar rapidez ao atendimento de reclamações que chegam via telefone 0800.

O serviço que era feito por dois grupos de três pessoas durante o dia e quatro durante a noite passa a ser executado por três equipes diurnas e sete noturnas. "Achamos que o desempenho estava longe do satisfatório e fizemos a cobrança na sexta-feira. A empresa atendeu de pronto. O atraso no serviço ocorreu por conta das tempestades que vinham acontecendo. Não culpamos a empresa", explicou o secretário de Obras, Paulinho Serra.

A resolução dos problemas apontados pelo canal de telefone de reclamações está sendo monitorada pelo Paço. "Na última mostragem que fizemos sobre o tempo de atendimento das reclamações do 0800 percebemos que era preciso dar uma resposta mais rápida ao munícipe", destacou Paulinho.

O secretário reforçou que a intenção da Prefeitura é zelar sempre por serviço público de qualidade. "Vamos inserir a cláusula no contrato de pagamento por eficiência da empresa no número de lâmpadas trocadas. Santo André quer ser referência em contratos públicos", salientou.

O planejamento de Paulinho faz parte da proposta eleitoral do prefeito Carlos Grana (PT), que prometeu implantar o programa Banho de Luz e reduzir o deficit de iluminação. "Nós pegamos a cidade com 12% de lâmpadas queimadas. Nós queremos chegar entre 95% e 100% funcionando."

Segundo o secretário, a Pasta de Segurança foi acionada para resolver o problema de furto de cabos de energia, que também afetam a iluminação pública. "Só esse ano, tivemos 1,5 quilômetros de cabos furtados. Um furto às vezes derruba a energia em duas ou três ruas", disse.

A Eletropaulo - concessionária estadual responsável pela distribuição de energia - também está na lista de cobranças de Paulinho. "Por conta desses eventos naturais, como no domingo, que tivemos miniciclones e a derrubada de 70 árvores, a rede da Eletropaulo foi bastante prejudicada. Nós não podemos religar a energia nas residências, mas podemos cobrar, porque teve casa que ficou até 40 horas sem energia", afirmou.

POLÊMICA

O contrato com a Terwan, de R$ 3,98 milhões, válido por até seis meses foi feito sem licitação. O fato de a empresa ter impetrado pedido de paralização em licitação da gestão passada e ser contratada em seguida ampliou a polêmica. A oposição ameaçou denunciar o caso no Ministério Público, porém, a administração levou o contrato na éntegra para o Legislativo avaliar e colocou panos quentes no assunto.