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Parque tecnológico
tem aval do Estado

Projeto de Santo André obtém parecer favorável e
pode captar até R$ 20 mi do governo de São Paulo

Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
21/08/2014 | 07:05
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Nario Barbosa/DGABC


O projeto da Prefeitura de Santo André de criar parque tecnológico no município ganhou o aval da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, que deu parecer favorável para o credenciamento do plano no SPTec (Sistema Paulista de Parques Tecnológicos). A informação, embora ainda não tenha sido publicada no Diário Oficial do Estado, foi confirmada pelo governo estadual.

Participar do SPTec é importante, porque permite à administração municipal pleitear até R$ 20 milhões em recursos do Estado para viabilizar a construção do empreendimento, afirma a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Oswana Fameli. Parques desse tipo se destinam a fomentar a inovação em setores importantes da economia local, com a aproximação entre empresas e o setor acadêmico e o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento.

Oswana lembrou que, para finalmente chegar à etapa atual – ou seja, estar em vias de ter o projeto incluído, de fato, no SPTec – foi um longo percurso. Isso porque na gestão anterior, do prefeito Aidan Ravin (PSB) – que foi de 2009 a 2012 –, a Prefeitura obteve, do governo estadual, R$ 330 mil para aplicar em estudos de viabilidade para a montagem de projeto desse tipo. No entanto, a iniciativa não andou. Havia, entre os entraves, a não existência de entidade gestora da iniciativa e a indefinição de legislação municipal de incentivo, pontos fundamentais para a inscrições no SPTec.

“Quando assumimos essa gestão (em 2013), encontramos a vontade (de credenciar), mas era só a vontade; construímos um projeto, aprovamos a lei de designação de áreas de base tecnológica, a lei de inovação e de incentivos para a cidade, instituímos processo de gestão do parque tecnológico junto à Agencia de Desenvolvimento Econômico, construímos o plano de ciência e tecnologia da cidade e, com todos os elementos e parcerias com empresas, cartas de intenções, apresentamos o projeto para o governo do Estado, há dois meses. Na semana passada tivemos a informação de que recebemos o parecer favorável”, disse Oswana.

As áreas definidas para a construção do empreendimento, que deve ter o foco em setores como plástico, químico, petroquímico, têxtil, alimentação e área de Saúde, entre outros, ficam na Avenida dos Estados e no Campo Grande, no Parque Andreense, totalizando cerca de 200 mil m². “Já começamos um trabalho, temos incubadora, plano de ciência, órgão gestor. (Com o credenciamento) Começaremos a capitanear empresas para dentro do parque e a fazer o projeto executivo para a sua construção”, acrescentou a secretária.
(Colaborou Soraia Abreu Pedrozo)


Conselho finaliza proposta de lei para Av. dos Estados

Outro passo considerado importante pela Prefeitura para a criação de parque tecnológico na cidade é o projeto de lei para a modificação das regras de uso e ocupação do solo, que terá como foco transformar trecho da Avenida dos Estados em área industrial, que deve chegar, em breve, à Câmara Municipal.

A proposta está sendo alinhavada no CMDE (Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico), que tem representantes do poder público e de instituições da sociedade civil. Segundo o coordenador do CMDE, Jorge Saraiva, ter essa área para instalação exclusiva de indústrias facilitaria a instalação de parque tecnológico no local. Hoje, essa área é considerada mista.

O conselho, criado em 2000, acaba de ser ampliado, passando a contar com 21 integrantes do poder público e 21 da sociedade civil. Antes, eram nove de cada lado.  




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